Ibovespa hoje: Mercados começam semana de IPCA, CPI nos EUA e ata do Copom em ritmo lento
A semana começa em ritmo lento nos mercados. Os investidores estão à espera dos dados de inflação ao consumidor no Brasil (IPCA) e nos Estados Unidos (CPI), amanhã e quarta-feira, além da ata do Comitê de Política Monetária (Copom), também amanhã.
As divulgações tendem a calibrar as apostas em relação aos próximos passos do Copom e também do Federal Reserve. A previsão é de que o IPCA registre a maior deflação do Plano Real, após as medidas de alívio nos combustíveis.
Na curva local de DIs, a aposta majoritária é de que o ciclo de alta da Selic já acabou. Mas há quem diga que ainda cabe um “ajuste residual, de menor magnitude” em setembro.
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Fato é que foi a sinalização do Copom que descolou o Ibovespa do ambiente externo, trazendo de volta à renda variável o investidor pessoa física. O alívio da pressão no dólar também ajudou, atraindo o fluxo estrangeiro.
Exterior calibra apostas
Lá fora, os mercados ainda digerem os números robustos sobre o mercado de trabalho nos EUA (payroll). Com a criação de vagas e a taxa de desemprego se recuperando para níveis pré-pandemia, os riscos de recessão se afastam.
Ao mesmo tempo, porém, o Fed parece ter caminho livre para continuar subindo os juros de modo agressivo, se necessário. Já as chances de um “pivô” em direção à redução nas taxas em 2023 também parecem menores.
Os Fed Funds mostram quase 70% de chance de uma nova alta de 0,75 ponto percentual (pp) no mês que vem, com aumentos menores em novembro e dezembro. Já os cortes viriam a partir do próximo verão.
É aí que entram os dados do CPI. Caso a inflação no varejo americano sinalize que já atingiu o pico, o Fed pode optar por apertar a política monetária de forma mais suave.
Ibovespa entre NY e China
Enquanto aguardam o CPI dos EUA, os índices futuros das bolsas de Nova York estão em alta, embalando o pregão na Europa. Na Ásia, as praças começaram a semana de forma mista, com destaque para a queda das ações de tecnologia.
A questão de Taiwan e os riscos geopolíticos também seguem no radar. Ainda na região, a balança comercial chinesa mostrou alta anual de 18% nas exportações, enquanto as importações cresceram apenas 2,3%. O superávit comercial foi de US$ 101,3 bilhões.
A abertura dos números revela as dificuldades de fornecimento local e também mostra que há demanda interna na China continua fraca. Entre os destaques, houve queda nas importações de soja, carnes e fertilizantes, o que pode afetar as ações de frigoríficos.
Aliás, BRF, Minerva, Marfrig e JBS divulgam balanço nesta semana. A temporada continua quente, trazendo os números do Itaú Unibanco hoje, após o fechamento do mercado.
A seguir, veja o desempenho dos mercados financeiros por volta das 8h:
EUA: o futuro do Dow Jones subia 0,41%; o do S&P 500 avança 0,49%; e o do Nasdaq ganhava 0,64%;
Europa: o índice pan-europeu Stoxx 600 tinha alta de 0,73%; a bolsa de Frankfurt subia 0,70%; a de Londres avançava 0,52% e a de Paris crescia 0,99%.
Câmbio: o DXY caía 0,19%, a 106.42 pontos; o euro tinha leve alta de 0,06%, a US$ 1,0190; a libra subia 0,27%, a US$ 1,2102; o dólar tinha queda de 0,13% ante o iene, a 134,83 ienes.
Treasuries: o juro da T-note de dez anos caía a 2,803%, de 2,834% na sessão anterior.
Commodities: o futuro do ouro subia 0,24%, a US$ 1.795,50 a onça na Comex; o futuro do petróleo WTI cedia 1,04%, a US$ 88,08 o barril, na Nymex.
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