Bula do Mercado

Ibovespa hoje: Mercado testa dinâmica própria após encerrar agosto à prova de choques externos

01 set 2022, 8:06 - atualizado em 01 set 2022, 8:06
Ibovespa Mercados
Ibovespa encerrou agosto com o melhor desempenho em moeda local e em dólar entre as principais bolsas globais, esnobando os riscos externos (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa encerrou agosto cravando o melhor desempenho no mês em moeda local (+5,81%) e em dólar (+6,16%) entre as principais bolsas globais, esnobando os riscos vindos do exterior. Em contrapartida, os índices acionários em Nova York perderam mais de 4%, cada, apenas no mês passado, acumulando queda de dois dígitos no ano.

Com a chegada do novo mês, a dúvida é se a bolsa brasileira continuará à prova dos choques externos. Aliás, setembro começa com o mesmo ajuste negativo visto nos ativos de risco internacionais desde o discurso (“hawkish”) do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell.

A percepção é de que as ações agora só caem, pois continuaram subindo muito, apesar da sinalização do Fed de que são necessárias condições financeiras mais apertadas, de modo a ajudar no combate à inflação. Assim, a postura de Powell e outros membros do Fed retorna os mercados globais à tendência que prevaleceu no início do ano.

Qualquer interrupção desta dinâmica ficará dependente dos indicadores econômicos que reforcem uma queda da inflação global. Por ora, porém, o que se vê é um mercado de trabalho ainda robusto nos Estados Unidos, ao mesmo tempo em que a atividade industrial na zona do euro e na China segue em território contracionista.

De um modo geral, tal cenário mostra que a inflação continua sendo um desafio, o que sustenta a retórica do Fed de juros mais altos e por mais tempo. Contudo, não se pode descartar os riscos de uma recessão – europeia, chinesa ou, quiçá, global. 

À prova de choques?

Nesse ambiente global emaranhado, é arriscado prever que o Ibovespa seguirá imune ao longo de setembro. Até porque a queda nos preços do petróleo e do minério de ferro pode ser determinante para frear a apreciação da renda variável – e também do real brasileiro – vista até aqui.

A dúvida é se as “ações cíclicas locais”, voltadas ao consumo doméstico conseguem dar sustentação aos ativos, em meio à recuperação da renda. Além disso, a eleição de outubro é logo ali e a conta a ser paga para sustentar o Auxílio Brasil mais alto bem como os cortes de impostos nos combustíveis ainda não fecha

A seguir, veja o desempenho dos mercados financeiros por volta das 7h50:

EUA: o futuro do Dow Jones tinha queda de 0,62%; o do S&P 500 caía 0,75%; e o do Nasdaq recuava 1,07%;

Europa: o índice pan-europeu Stoxx 600 tinha queda de 1,49%; a bolsa de Frankfurt caía 1,35%; a de Londres cedia 1,47% e a de Paris recuava 1,44%.

Câmbio: o DXY subia 0,41%, a 109.14 pontos; o euro caía 0,36%, a US$ 1,0019; a libra caía 0,47%, a US$ 1,1566; o dólar subia 0,28% ante o iene, a 139,34 ienes.

Treasuries: o rendimento da T-note de dez anos subia a 3,203%, de 3,194% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 3,499%, de 3,483% na sessão anterior

Commodities: o futuro do ouro tinha queda de 0,86%, a US$ 1.711,60 a onça na Comex; o futuro do petróleo WTI cedia 2,36%, a US$ 87,42 o barril; o do petróleo Brent recuava 2,47%, a US$ 93,24 o barril; o minério de ferro para janeiro teve alta de 0,51% em Dalian (China), a 687 yuans.

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Editora-chefe
Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
olivia.bulla@moneytimes.com.br
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Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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