Ibovespa hoje: Marasmo no exterior e agenda vazia indicam pregão fraco

O Ibovespa pode receber influência do sinal negativo vindo dos mercados internacionais nesta sexta-feira (19). Ainda mais, diante da agenda econômica sem destaques. Porém, mesmo em um pregão mais fraco ontem, a bolsa conseguiu cravar a quinta alta seguida.

A ver, então, o fôlego da renda variável local hoje. Afinal, os investidores podem mostrar uma postura mais defensiva diante do marasmo externo. Por lá, ainda há dúvidas sobre a postura do Federal Reserve.

Entre pombos (“dovish”) e falcões (“hawkish”), os membros do Fed dão poucos indícios quanto à trajetória de aperto na taxa de juros dos Estados Unidos. Com isso, o mercado acaba ficando em cima do muro.

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A proximidade do fim de semana também pode abrir espaço para uma realização dos ganhos recentes, principalmente no Ibovespa. Até porque, com o fim da temporada de balanços brasileira, o foco se ajusta para as eleições.

Mas o fato é que a corrida presidencial ainda não é um fator adicional de influência nos negócios locais. Talvez porque não haja muitas novidades na disputa.

Prova dos 9

Divulgada ontem, a pesquisa Datafolha mostrou um crescimento de três pontos percentuais (pp) do presidente Jair Bolsonaro, para 32%. Enquanto o ex-presidente Lula sustentou 47% das intenções de voto e 15 pontos de vantagem sobre o rival.

Com 51% dos votos válidos, o candidato do PT ainda tem chances de vencer no primeiro turno. Apesar da melhora de Bolsonaro no Datafolha, chama atenção o fato de ele não ter crescido entre os mais pobres.

Uma semana após o início do pagamento do Auxílio Brasil de R$ 600, Bolsonaro manteve os 23% das intenções de votos entre os mais pobres. Essa faixa representa aqueles que ganham até dois salários mínimos e, sozinha, responde por 51% do eleitorado brasileiro.

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Contudo, vale destacar que o presidente teve uma alta de sete pontos na faixa de renda que vem logo depois, entre dois e cinco salários mínimos. Esse recorte equivale a 33% do eleitorado e Bolsonaro está à frente de Lula, ainda que em situação de empate técnico (41% a 38%).

A prova dos nove é que as primeiras pesquisas eleitorais depois do início oficial das campanhas podem levar a uma mudança na estratégia dos principais candidatos. E nesse método, nem Lula nem Bolsonaro querem correr o risco de que o resultado final nas somas seja zero.

A seguir, veja o desempenho dos mercados financeiros por volta das 8h:

EUA: o futuro do Dow Jones tinha queda de 0,81%; o do S&P 500 caía 1,02%; e o do Nasdaq recuava 1,16%;

Europa: o índice pan-europeu Stoxx 600 tinha baixa de 0,45%; a bolsa de Frankfurt caía 0,94%; a de Londres oscilava com -0,06%, e a de Paris cedia 0,68%.

Câmbio: o DXY tinha alta de 0,38%, a 107.89 pontos; o euro caía 0,25%, a US$ 1,0063; a libra tinha queda de 0,73%, a US$ 1,1844; o dólar subia 0,70% ante o iene, a 136,85 ienes.

Treasuries: o rendimento da T-note de dez anos subia a 2,942%, de 2,880% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 3,251%, de 3,220% na sessão anterior

Commodities: o futuro do ouro tinha queda de 0,41%, a US$ 1.764,00 a onça na Comex; o futuro do petróleo WTI caía 2,02%, a US$ 88,67 o barril; o do petróleo Brent recuava 2,04%, a US$ 94,66 o barril; o minério de ferro para janeiro teve queda de 0,95% em Dalian (China), a 680,50 yuans

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