Bula do Mercado

Ibovespa deve ter dias tensos até o domingo de eleições, mas agenda e balanços guiam pregão

25 out 2022, 8:02 - atualizado em 25 out 2022, 8:14
ações
Ibovespa sente o peso da gravidade das situações que antecedem o domingo de eleições, mas monitora exterior e agenda (Imagem: Diana Cheng/Money Times)

O Ibovespa sentiu ontem o peso da gravidade das situações que antecedem o domingo de eleições e a tensão tende a continuar elevada no pregão desta terça-feira (25). Os investidores se esforçam para antecipar o resultado das urnas, o que eleva o clima de cautela nos negócios

Os acontecimentos que marcam a reta final da campanha eleitoral deixam os ativos de risco mais sensíveis ao noticiário político. E nesta “semana do pensamento mágico” não vão faltar episódios para mostrar a complexidade do momento atual do país, em ebulição.

A começar pelo ocorrido com o ex-deputado Roberto Jefferson. De qualquer forma, o estrago já está feito e os negócios com ações e dólar serão tensos até o dia do segundo turno.

Além disso, o sinal negativo vindo dos mercados internacionais potencializa a postura defensiva nos negócios por aqui. Lá fora, a expectativa de um Federal Reserve menos agressivo (“dovish”) após a reunião de novembro tenta animar Wall Street.

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Agenda guia Ibovespa

Porém, os investidores estão mesmo dedicados aos balanços das empresas norte-americanas. O destaque por lá fica com os resultados das big techs. Após o fechamento, tem Microsoft e Alphabet, dona do Google. Antes da abertura, é a vez Twitter

Aliás, o dia começou agitado nas redes sociais, após relatos de instabilidade no Whatsapp. Usuários no Brasil e em várias partes do mundo reclamaram de problemas no envio de mensagens do aplicativo. Porém, aparentemente, o problema já foi normalizado.  

Por aqui, o relatório da Petrobras mostrou queda na produção e nas vendas no terceiro trimestre deste ano. Os números tendem a pesar ainda mais sobre as ações, que desabaram cerca de 10%, cada, apenas ontem. 

Já entre os indicadores, o destaque do dia fica com a prévia deste mês do índice de preços ao consumidor. A expectativa é de uma nova queda do IPCA-15, a terceira seguida. Ainda que a série de deflações se encerre agora em outubro, os números devem ter pouca influência sobre a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), amanhã. 

A seguir, veja o desempenho dos mercados financeiros por volta das 7h55:

EUA: os futuros do Dow Jones caía 0,40%; o do S&P 500 recuava 0,30%; enquanto o Nasdaq tinha leve baixa de 0,07%;

Europa: o índice pan-europeu Stoxx 600 tinha ligeira alta de 0,05%; a bolsa de Frankfurt recuava 0,83%; a de Paris subia 0,31%, enquanto a de Londres recuava 0,65%

Câmbio: o índice DXY tinha leve alta de 0,04%, a 112.04 pontos; o euro caía 0,16%, a US$ 0,9859; a libra subia 0,40%, a US$ 1,1324; o dólar oscilava com -0,04% ante o iene, a 148,95 ienes

Treasuries: o rendimento da T-note de dez anos estava em 4,180%, de 4,248% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 4,471%, de 4,492% na sessão anterior.

Commodities: o futuro do ouro caía 0,60%, a US$ 1.644,40 a onça na Comex; o futuro do petróleo WTI caía 1,19%, a US$ 83,57 o barril; o do petróleo Brent recuava 1,32%, a US$ 90,01 o barril; o minério de ferro para janeiro fechou em queda de 1,68% em Dalian (China), a 671 yuans.

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