Maio vermelho: Ibovespa tem mais um dia de queda e mês para esquecer; veja tamanho do tombo
O Ibovespa encerrou o pregão desta sexta-feira (31) com mais uma queda em meio a dados da inflação nos Estados Unidos. A bolsa fechou o dia a 122.098 pontos, recuo de 0,50%. A queda poderia ter sido pior, não fosse a Petrobras (PETR3), que disparou mais de 3%.
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Além disso, o índice termina o mês em queda de 3,04%. Na semana, o tombo é de 1,78% e no ano 9%.
Mudanças de perspectivas, tanto aqui no Brasil quanto dos Estados Unidos, provocaram um terremoto entre investidores. O mercado já avalia, inclusive, que o Banco Central possa parar os cortes da Selic, hoje em 10,50 pontos percentuais.
Mais cedo, o Departamento de Comércio nos Estados Unidos informou que o PEC aumentou 0,3%. O índice é utilizado para medir a inflação no país, o que sugere que o ritmo elevado no aumento dos preços pode durar por mais tempo do que o esperado, lançando dúvidas sobre quando será possível cortar os juros.
Na base anual, o índice PCE subiu 2,7%, após avançar o mesmo valor em março. Os resultados tanto para o mês quanto para o ano vieram em linha com as projeções de economistas consultados pela Reuters.
Em Wall Street, a Nasdaq recuou 0,01%, S&P 500 subiu 0,80% e Dow Jones 1,51%.
Segundo o analistas Matheus Nascimento, da Levante Inside Corp, apesar de um PCE “positivo”, o ambiente interno se mantém desafiador e ainda há certa cautela frente às incertezas em relação ao momento de corte de juros nos EUA, o que contribui para a pressão sobre os índices.
Em relatório, analistas gráficos do Itaú BBA alertam: o Ibovespa perdeu o suporte em 123.300 pontos e pode abrir caminho para quedas mais acentuadas.
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“Em caso de nova mínima, o índice poderá acentuar o movimento de queda e os próximos suportes estão em 120.000, 115.000 e 111.600 pontos – mínima de out/23”, coloca. Para os analistas Fábio Perina, Lucas Piza e Igor Caixeta, o Ibovespa acendeu sinal de alerta.
Maiores altas e baixas do Ibovespa
Entre as maiores alta, a ação ordinária da Petrobras disparou. Segundo Rodrigo Cohen, analista de investimentos, no mês muitos investidores e fundos ficaram vendidos em Petrobras e estão zerando posições hoje em virtude das mudanças na presidência da companhia.
Outra petroleira liderou as altas. A PetroReconcavo (RECV3) subiu bem após anunciar o pagamento de R$ 410 milhões em juros sobre o capital próprio, ou R$ 1,398827 por ação.
Entre analistas, o valor foi bem recebido. Segundo cálculos do Itaú BBA, o rendimento será de 7%. “Saudamos o compromisso da empresa em abordar a remuneração dos acionistas no curto prazo, ao mesmo tempo que procura melhorar a resiliência da operação”, escreveu a corretora.
Entre as quedas, as ações do GPA (PCAR3). O Itaú BBA retomou sua cobertura para as ações da empresa, a partir das diversas transformações do Grupo Pão de Açúcar, com a companhia atuando como uma varejista 100% brasileira, com foco em supermercados premium.
O Itaú incorpora melhorias operacionais e a nova estrutura de capital da empresa, mas não espera que o lucro líquido entre em território positivo em 2025. “Nossas previsões incorporam um cenário de uma Selic sustentada em dois dígitos em 2025”, completam.