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Ibovespa: Por que índice despenca na contramão de Wall Street?

02 fev 2024, 13:25 - atualizado em 02 fev 2024, 13:33
Ibovespa
O rendimento do título de 10 anos do Tesouro norte-americano renovou máximas (Imagem: Money Times/Diana Cheng)

O Ibovespa despenca na sessão desta sexta-feira (2),na contramão de Wall Street. Por volta das 12h46, o índice brasileiro caia 1,26%, a 126.860 pontos, enquanto Nasdaq subia 1,13% e o S&P 500 operava estável, com elevação de 0,66%.



De acordo com a Rafael Passos, da Ajax Asset, a saída do gringo é o principal fator para tombo no pregão, em meio à alta dos rendimentos dos títulos públicos americanos.

“Os gringos estão saindo bem forte da bolsa hoje. Se você olhar o fluxo vendedor, a maior ponta é de gringos. Essa abertura que nós tivemos dos títulos públicos americanos afastando gringos”, argumenta.

O rendimento do título de 10 anos do Tesouro norte-americano renovou máximas, marcando 4,0085% há pouco, de 3,863% na véspera.

A alta acontece puxado por dados nada animadores do Departamento do Trabalho dos EUA. Foram criadas 353 mil vagas de emprego no país em janeiro, bem acima das expectativas que apontavam 180 mil. A taxa de desemprego ficou em 3,7% ante previsão de 3,8%.

A diretora de pesquisa da Global X ETFs, Morgane Delledonne, disse que os dados reforçam a visão do Federal Reserve de adiar as discussões para os primeiros cortes nas taxas.

Na última quarta-feira, o chair do Federal Reserve, Jerome Powell, já havia esfriado as apostas para um corte mais cedo, afirmando que não achava provável uma redução em março, mesmo observando uma melhora na inflação.

Com Reuters

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.