Ibovespa (IBOV): Desânimo em Wall Street pressiona, mas todas as atenções estão no Copom
Contaminado pela queda em Wall Street, o Ibovespa (IBOV) apresentou um pregão fraco nesta quarta-feira (2), tendo recuado 0,32%, a 120.858,72 pontos.
Os mercados repercutem o rebaixamento da nota de crédito dos Estados Unidos de “AAA” para “AA+” pelo Fitch Ratings. A agência de classificação de risco citou o cenário de deterioração fiscal nos próximos três anos e o peso da dívida do governo.
Hoje também é um dia decisivo para a trajetória dos juros no Brasil. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anuncia daqui a pouco o que decidirá fazer com a taxa Selic. A grande aposta do mercado é de início de corte de juros, embora a perspectiva de manutenção tenha voltado ao radar com a mudança de nota do Fitch.
Uma perspectiva predominantemente de flexibilização evitou uma influencia maior do Fitch na Bolsa local, avalia o sócio-diretor da Pronto! Investimentos, Marcelo Castro.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deu como praticamente certo que o processo de corte de juros começará hoje, e na ordem de 0,50 ponto percentual.
De acordo com Haddad, o governo adotou uma série de medidas que dão espaço para a redução em 0,50% da Selic.
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Altas e baixas
A Vale (VALE3) perdeu 1,63% na sessão, seguindo a baixa do minério de ferro, mesmo com o governo chinês anunciando novos estímulos para reaquecer a economia.
A Petrobras (PETR4) conseguiu minimizar a queda ao longo do dia. A estatal fechou com perdas de 0,23%, seguindo a correção nos preços do petróleo. O mercado também vem monitorando os preços dos combustíveis.
A Cielo (CIEL3) despencou mais de 9%, após reportar seus números do segundo trimestre. No período, houve queda no volume de transações de cartões de crédito e débito. Em teleconferência sobre o resultado, o CEO disse que a Cielo está focada em encontrar formas de ganhar maiores volumes de transações, mas de forma rentável.
A Cogna (COGN3) liderou as altas do dia, com investidores na expectativa pelo balanço. O Itaú BBA projeta crescimento na receita líquida e manutenção da tendência positiva para a rentabilidade.
*Com informações da Reuters.