Ibovespa (IBOV) volta a ficar abaixo dos 109 mil pontos, sob peso de Vale (VALE3), Petrobras (PETR4) e bancos
O Ibovespa (IBOV) registrou um novo pregão de baixa nesta terça-feira (30), encerrando em queda de 1,24%, a 108.967,03 pontos.
Desta vez, as ações de maior peso do índice, que é referência na Bolsa brasileira, puxaram o mercado para baixo. As ações de Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) recuaram hoje. A mineradora fechou a sessão com perdas de mais de 2%, ecoando as incertezas sobre o nível de recuperação da economia chinesa. Enquanto isso, a estatal petrolífera caiu 1,12%, em linha com a correção nos preços do petróleo no exterior.
Os bancos também sofreram nesta terça, após dados do Banco Central mostrarem que as concessões de empréstimos com recursos livres no Brasil recuaram 16,5% em abril ante março. O destaque negativo ficou para o Bradesco (BBDC4), que perdeu 2,73%.
No cenário local, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) também informou que os preços ao produtor perderam força em abril, caindo 0,35% no período. Essa é a terceira taxa mensal negativa seguida. Em 12 meses, o índice acumula uma deflação de 4,63%, maior queda da série histórica.
No setor de serviços, a confiança registrou variação positiva de 0,5 ponto em maio, fechando o mês em 92,9 pontos. Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), o indicador permanece no maior nível desde novembro do ano passado.
Por fim, o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), caiu 1,84% em maio. Com isso, o índice acumula taxa de -2,58% no ano e de -4,47% em 12 meses.
Nos Estados Unidos, o impasse sobre o teto da dívida segue como ponto principal de atenção dos mercados.
No domingo (28), o presidente norte-americano Joe Biden acertou um acordo com o presidente da Câmara dos EUA, Kevin McCarthy, para suspender o teto da dívida até 1º de janeiro de 2025.
O impasse envolvendo o teto de endividamento dos EUA tem gerado preocupações sobre as consequências de um possível calote por parte da maior economia mundial. O acordo precisa ser aprovado no Congresso.
Para Ricardo Brasil, fundador da Gava Investimentos, a queda do Ibovespa também representa um movimento de correção, considerando os vários pregões de alta protagonizados pelo índice no mês.
“Em menos de um mês, tivemos o índice subindo 9%. Então, nada mais justo do que uma correção”, afirma. “Nesse mês de maio, tivemos oito pregões de alta consecutivos, o que é raríssimo de acontecer.”
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