Ibovespa (IBOV): Mercado deixa corte da Selic de lado e repercute exterior negativo; entenda o fechamento desta quinta (3)
O Ibovespa (IBOV) encerrou esta quinta-feira (3) sem ânimo, contrariando expectativas de quem esperava por uma forte reação positiva para a Bolsa local após o primeiro corte em três anos dos juros no Brasil.
Ontem, autoridades monetárias votaram pela redução em 0,50 ponto percentual da Selic, a taxa básica de juros brasileira. Com isso, os juros passaram para o patamar de 13,25% ao ano.
Em comunicado, o BC disse que a melhora da inflação, aliada à queda das expectativas para o quadro inflacionário doméstico a prazos mais longos, permitiram que o comitê acumulasse “a confiança necessária para iniciar um ciclo gradual de flexibilização monetária”.
Além disso, os membros do comitê, unanimemente, anteveem redução de mesma magnitude (0,5o ponto percentual) nas próximas reuniões, caso seja mantida a conjuntura atual.
Apesar da tão esperada redução da Selic, o índice de referência da Bolsa brasileira 0,23%, a 120.585,77 pontos.
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O impacto maior veio do exterior, com Wall Street ainda negativo depois do corte da nota de crédito dos Estados Unidos pelo Fitch Ratings e de dados ruins vindos da China.
Mais uma vez, o PMI Composto chinês, que analisa a atividade industrial e a de serviços do país, desacelerou de 52,5 em junho para 51,9 em julho, sendo a taxa mais baixa desde janeiro.
Enquanto isso, na zona do euro, o PMI Composto final do HCOB, realizado pela S&P Global, caiu de 49,9 em junho para 48,9 pontos em julho, ficando abaixo da leitura preliminar de 48,9 e abaixo da marca de 50 pontos.
Nos EUA, o Departamento de Trabalho do país divulgou que os dados dos pedidos de auxílio-desemprego da última semana mostraram aumento de 6 mil pedidos, indo para 227 mil, considerando ajuste sazonal.
Isabel Lemos, gestora de renda variável da Fator Administração de Recursos, destaca que uma parcela significativa do Ibovespa é composta por papéis expostos ao mercado externo, o que acabou pesando para a performance do dia.
Altas e baixas
Vale (VALE3), de grande peso para o Ibovespa, subiu 0,78%, mesmo com a correção do minério de ferro. Enquanto isso, a Petrobras (PETR4) avançou 1,41% no pregão com a ajuda do petróleo. Ainda assim, a valorização das duas blue chips não ajudaram a impulsionar a Bolsa local.
A Petrobras divulga seus resultados ainda nesta quinta.
E os bancos tiveram desempenho misto. O Bradesco (BBDC4) perdeu 0,72%, em sessão antes de balanço trimestral.
Mesmo com uma Selic menor, as ações do varejo lideraram as perdas do dia, com destaque para Via (VIIA3), Magazine Luiza (MGLU3) e Alpargatas (ALPA4).
Do lado das altas, a Dexco (DXCO3) subiu 4,79%. A companhia apresentou lucro líquido de R$ 177 milhões ontem, com destaque para o desempenho positiva da divisão de madeira.
Com informações da Reuters.