Ibovespa fecha em queda em dia morno do mercado; confira o fechamento
O Ibovespa fechou em leve queda nesta segunda (20), seguindo o ritmo misto de Wall Street, sem grandes acontecimentos na agenda.
O índice fechou em baixa de 0,31%, a 127.750,92 pontos.
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Nas altas do dia, Braskem (BRKM5) liderou com 3,23%, após ganho de causa bilionária pela justiça de São Paulo, para pagamento de indenização de 5,5 bilhões de reais pela Novonor.
De acordo com Jaqueline Kist, especialista em mercado de capitais e sócia da Matriz Capital, a capacidade financeira da empresa para pagamento é a dúvida do mercado.
Apesar da queda do petróleo brent, a Petrobras (PETR3;PETR4) fechou em leve alta de 0,14% para ações preferenciais e 0,34% para ordinárias. Contudo, o resultado não é o mesmo para as juniors oils, com 3R Petroleum (RRRP3) e Prio (PRIO3) fechando em quedas de 2,13% e 1,29%, respectivamente.
Outra baixa é a do IRB (IRBR3), que fechou com -6,81%. Os papéis da companhia vem sofrendo bastante com a especulação das estimativas quanto aos prejuízos e impactos das enchentes no Rio Grande do Sul.
A empresa afirma que ainda não é possível estimar a perda financeira, tendo em vista que os impactos climáticos ainda estão em andamento.
Gatilhos que deixaram o Ibovespa quase no zero a zero
Os juros futuros operaram em alta, refletindo uma piora nas projeções da Selic e da inflação no Boletim Focus. A alta na expectativa do IPCA em 2024 e 2025 eleva também as expectativas para a Selic em 9% ao ano (até 2027).
Segundo Kist isso resulta em uma “necessidade de uma política monetária restritiva por mais tempo no Brasil, com deterioração na trajetória inflacionária”. Sendo assim, é possível ver uma projeção de inflação implícita beirando os 6% ao ano a partir de 2027, o dobro da meta de inflação do Banco Central.
E apesar do encerramento positivo da temporada de resultados, o balanço do Ibovespa desta tarde fica em um cenário macro de gatilhos negativos.
“Dessa forma, vejo que os gatilhos micro acabam adquirindo um tom mais positivo, tentando equilibrar a atração do fluxo pessoa física, que é o que mais tem crescido na bolsa brasileira em 2024, contra a saída em maior peso dos fluxos de capital estrangeiro, perante a piora no cenário de prêmio de risco”, afirma Kist.
Por fim, a especialista destaca a desaceleração do fluxo de saída de capital estrangeiro, apesar de uma percepção ainda de risco. De acordo com Kist, isso “pode indicar um reflexo aos resultados micros que ainda exercem alguma atratividade dentre as economias emergentes”.