O saldo do Ibovespa (IBOV) nesta sexta (30), na semana e no primeiro semestre do ano
O último pregão do Ibovespa (IBOV) no primeiro semestre de 2023 foi volátil. O índice fechou em queda de 0,25% nesta sexta-feira (30), a 118.087 pontos.
Na semana, o índice de referência da Bolsa brasileira caiu 0,75%. Em junho, saltou 9%. Já o saldo dos primeiros seis meses do ano é positivo em 7,61%.
Apolo Duarte, head de renda variável e sócio da AVG Capital, lembra que o semestre contou com um conjunto de notícias boas, principalmente em maio e junho, que ajudaram a dar uma levantada no Ibovespa.
“Tivemos a aprovação do arcabouço fiscal, que foi um alívio para o mercado como um todo. Apesar de não ser da maneira como esperado inicialmente, ele mostra um norte, algo que possibilitou vinda de bastante fluxo para o Brasil de gringo, principalmente entre maio e junho, e que tem continuado por enquanto”, afirma.
A expectativa de proximidade da queda da Selic, taxa básica de juros brasileira, também tem contribuído para alimentar o otimismo dos investidores com o mercado local. Na opinião de Duarte, apesar de já ser dado como certo pelos investidores, existe possibilidade de surpresas mais à frente, ou até mesmo na reunião de agosto, dependendo dos próximos dados econômicos.
Nesta sexta, o mercado repercutiu as decisões da reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), com a manutenção da meta de inflação em 3% para 2026, mas a adoção do novo modelo de meta de inflação “contínua” a partir de 2025.
Segundo Duarte, uma pauta que vai ser muito importante para o próximo semestre vai ser a tramitação da reforma tributária, além do início da temporada de balanços nos Estados Unidos nas próximas semanas – e, em seguida, no Brasil. Os juros norte-americanos também devem seguir no radar.
Em live do Giro do Mercado, Matheus Spiess, analista da Empiricus Research, comentou que a Bolsa brasileira tem potencial para chegar aos 150 mil pontos ao fim do ano.
- Meta de inflação em 3% anima mercado brasileiro: Já é possível sonhar com Ibovespa nos 150 mil pontos? Veja aqui a resposta do analista da Empiricus Research, Matheus Spiess. Inscreva-se no nosso canal e não perca o Giro do Mercado, de segunda a sexta-feira, às 12h!
Altas e baixas
A Petrobras (PETR4) derreteu quase 5% hoje, apesar do avanço do petróleo no exterior. Além do movimento de realização de lucros, a performance segue a notícia de mais um corte nos preços da gasolina, agora de 5,3%.
A Vale (VALE3) recuou 1,97%, seguindo o desempenho fraco do minério de ferro.
A Lojas Renner (LREN3) liderou as quedas do Ibovespa na sessão ao cair mais de 6%, seguida pela CSN (CSNA3), que perdeu 6,19%. A holding de mineração e siderurgia teve a recomendação cortada para “neutra” pelo JPMorgan.
Do lado das altas, a MRV (MRVE3) subiu 3,58%. A construtora vendeu o empreendimento Pine Ridge, localizado na Flórida, nos Estados Unidos, por US$ 77 milhões.
A BRF (BRFS3) avançou 3,24%, em meio a expectativas quanto à capitalização sinalizada pela companhia, após o anúncio de investimento do fundo soberano da Arábia Saudita, Salic, e da Marfrig (MRFG3).