Sem trégua nos mercados, Ibovespa (IBOV) marca seu 4º pregão negativo seguido e não se salva na semana
O Ibovespa (IBOV) teve seu quarto pregão seguido de baixa nesta sexta-feira (20), confirmando uma queda semanal.
O índice, referência na B3, fechou a sessão com uma desvalorização de 0,74%, a 113.155,28 pontos, seguindo os mercados globais. Com as sucessivas baixas, fechou a semana com uma derrota de 2,24%.
Os mercados continuam olhando de perto os desdobramentos da guerra que se instaura no Oriente Médio entre Israel e Hamas. Dierson Richetti, especialista em investimentos e sócio da GT Capital, diz que 0 movimento de aversão a risco nos mercados se deve em boa parte parte aos receio com a piora do conflito e sua extensão.
“A gente não sabe ainda o quanto a guerra pode impactar, seja nas relações internacionais, seja principalmente na questão de petróleo, ou se novos países podem se envolver com isso”, comenta.
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Juros dos EUA também balançam mercados
Os juros americanos também são monitorados pelos investidores, que buscam pistas dos próximos movimentos que o Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, pode realizar em relação ao ciclo de aperto monetário no país.
Ontem, o chairman do Fed discursou no Economic Club of New York. Jerome Powell reforçou que o banco central dos EUA está agindo com cautela após as altas na taxa de referência de juros do país no ano passado.
Powell explicou que a desaceleração neste ano visa dar tempo para que a política monetária instaurada pelas autoridades do Fed funcionem.
Powell destacou ainda que a alta recente nos rendimentos dos títulos de longo prazo nos EUA torna as condições financeiras mais restritivas, dentro do que o Fed deseja.
Atividade econômica brasileira cai mais que o esperado
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado a prévia do Produto Interno Bruto (PIB), teve uma queda maior que o esperado em agosto.
O indicador mostrou contração sequencial de 0,77%, na margem com ajuste sazonal de -0,60%.
Na comparação anual, o índice avançou 1,28%. Já no acumulado de 12 meses, houve uma expansão de 2,82%.
No trimestre até agosto, o índice caiu 0,65%.
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Petrobras e Vale terminam no vermelho
O pregão desta sexta foi fraco para ações de grande peso, como Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3), que apresentaram perdas de 1,28% e 2,70%, respectivamente. A empresa estatal anunciou ontem à noite reajustes nos preços dos combustíveis, com elevação de 6,6% do diesel nas refinarias e queda de 4% da gasolina.
Do mesmo setor, Casas Bahia e Magazine Luiza tiveram reações diferentes no pregão. Enquanto BHIA3 avançou 4%, os papéis MGLU3 figuraram entre os destaques de queda ao fecharem com perdas de 4,35%.
Na mesma onda de Vale, CSN (CSNA3) recuou 3,29% em dia de queda do minério de ferro.
E o setor aéreo também recuou, com Azul (AZUL4) e CVC (CVCB3) perdendo 3,51% e 2,34%, respectivamente.