Mercados

Ibovespa (IBOV) vai para o 5º pregão seguido de queda com derrocada de Petrobras (PETR3;PETR4)

23 out 2023, 17:14 - atualizado em 23 out 2023, 17:31
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Ibovespa tem sessão fraca com forte queda das ações da Petrobras (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) testou movimento de alta nesta segunda-feira (23), mas acabou terminando o pregão em queda, com as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) impedindo uma boa performance.

Referência na B3, o índice fechou com desvalorização de 0,33%, a 112.784,52 pontos, marcando a quinta derrota seguida.

A Petrobras figurou entre os destaques negativos da sessão, com os papéis ordinários afundando 6,03%, enquanto os preferenciais perderam 6,61%.

Além do movimento de correção nos preços do petróleo no exterior, investidores reagiram mal à aprovação pelo conselho de administração de mudanças no estatuto social da companhia.

As mudanças, que passarão ainda por voto em assembleia geral extraordinária (AGE), contemplam:

  • criar uma reserva de remuneração do capital;
  • explicitar a vedação de cobertura do seguro D&O para administradores da companhia nos casos de atos eivados de dolo ou culpa grave;
  • excluir vedações para a indicação de administradores previstas na Lei nº 13.303/2016 consideradas inconstitucionais por meio de Tutela Provisória Incidental na Ação Direta de Inconstitucionalidade 7.331-DF;
  • estabelecer que as Assembleias de Acionistas da Companhia só poderão ser realizadas de modo parcialmente digital, ficando assegurado aos acionistas o direito de participarem presencialmente;
  • alinhar dispositivos estatutários à legislação vigente e promover outros ajustes redacionais.

Segundo o Goldman Sachs, a criação uma reserva de remuneração aumenta as incertezas sobre pagamento de um potencial dividendo extraordinário.

Além da Petrobras, Vale (VALE3) mostrou desempenho fraco e fechou o dia com perdas de 0,19%.

Do lado das altas, o setor aéreo foi destaque, com a CVC (CVCB3) disparando mais de 9%. Azul (AZUL4) e Gol (GOLL4), que se beneficiam com a queda do petróleo, tiveram valorizações de, respectivamente, 4,61% e 5,51%.

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De olho nos juros americanos

Os mercados seguem calibrando as expectativas em relação aos juros americanos, ainda mais com a proximidade de uma nova decisão para a política monetária dos Estados Unidos, marcada para semana que vem.

A cautela predomina, com agentes financeiros avaliando o risco de os juros permanecerem elevados por mais tempo.

A divulgação de dados sobre despesas de consumo pessoal (PCE) nos EUA na sexta (27) deve trazer sinais sobre os próximos passos que o Federal Reserve (Fed) dará no combate à inflação.

No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) também se reunirá na próxima semana para decidir o movimento da Selic.

Hoje, no Boletim Focus, economistas ouvidos pelo BC voltaram a reduzir as projeções para a inflação brasileira, após a Petrobras reajustar os preços nos combustíveis a distribuidoras.

A nova expectativa diz que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechará o ano com avanço de 4,65%, ante projeção anterior de 4,75%.

A estimativa para a Selic ao fim de 2023 segue em 11,75%, enquanto o PIB esperado para o mesmo período é de 2,90%.

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