Ibovespa (IBOV) cai forte nesta terça (3) e volta aos 113 mil pontos; veja motivos por trás da queda
O Ibovespa (IBOV) engatou mais um pregão de queda nesta terça-feira (3), de volta aos 113 mil pontos. Sem o apoio dos índices acionários nos Estados Unidos e das ações de maior peso (Vale e Petrobras), o índice registrou perdas de 1,42% na sessão, a 113.419,04 pontos.
Novamente, o susto nos mercados vem principalmente da perspectiva de juros elevados por um período maior de tempo nos EUA. Hoje, o Departamento do Trabalho americano apontou que os dados de vagas de emprego em aberto aumentaram inesperadamente em agosto.
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No Brasil, a produção da indústria registrou mais um crescimento em agosto, mas abaixo do esperado. O Índice de Produção Industrial, mediado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), teve variação de 0,4% em agosto frente a julho em ajuste sazonal, ligeiramente abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 0,5%.
Analistas avaliam que o setor industrial brasileiro deve seguir em ritmo fraco até o fim do ano.
Na comparação anual, o índice avançou 0,5% e acumulou uma taxa de -0,3%, enquanto no acumulado dos últimos 12 meses, há variação de -0,1%.
Ainda, o mercado local enfrentou a alta nas taxas dos contratos futuros de juros, que seguiram os títulos americanos, em meio à possibilidade de o Banco Central cortar a taxa básica Selic em apenas 0,25 ponto percentual em dezembro, e não em 0,50 ponto percentual, como esperado.
A curva a termo ainda precifica quase 100% de chances de o corte da Selic ser de 0,50 ponto percentual. No entanto, para dezembro, a curva precificava chances de o corte ser de 0,25 ponto percentual, segundo o economista-chefe do banco BMG, Flavio Serrano.
As ações do varejo, sensíveis ao movimento dos juros, caíram nesta terça, com destaque para Magazine Luiza (MGLU3), que derreteu 8,46%.
PETR4 e VALE3 fecharam no vermelho, contribuindo para a baixa do Ibovespa hoje. Dentre os bancos, Itaú (ITUB4) recuou 1,26%.
Destaque de alta, Natura (NTCO3) avançou 2,97%.
*Com informações da Reuters.