Acabou o rali? Ibovespa (IBOV) volta aos 126 mil pontos em dia fraco para mercados

O Ibovespa (IBOV) entrou em movimento de realização de lucros nesta segunda-feira (4), seguindo o exterior fraco. Ações de grande peso também jogaram o índice para baixo, com destaque para a baixa de Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) em dia de queda para as commodities.

Os papéis da mineradora apresentaram perdas de 2,25%, enquanto a petroleira estatal recuou 2,13%.

Referência para a Bolsa brasileira, o Ibovespa encerrou o pregão com uma desvalorização de 1,08%, a 126.802,79 pontos.

Houve pressão por parte das taxas futuras de juros, que engataram alta firme, seguindo a trajetória dos Treasuries, e quebraram sequência de baixa das últimas cinco sessões.

Os mercados estão no aguardo por indicadores econômicos importantes nos Estados Unidos para calibrar as expectativas em relação ao caminho dos juros americanos daqui para frente. Nesta semana, serão divulgados dados do PMI de serviços nos EUA, além do relatório de empregos na economia local.

No Brasil, o foco deve recair sobre os novos números do PIB no terceiro trimestre.

Hoje mais cedo, o Banco Central soltou mais uma edição do Boletim Focus com expectativa para o IPCA em 2023 revisada para cima, de 4,53% para 4,54%. Para 2024, a projeção subiu para 3,92%.

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A Selic prevista ao fim de 2023 continua em 11,75%, enquanto a projeção para o PIB fica em 2,84% para este ano, representando uma ligeira baixa em relação à expectativa anterior de 2,85%.

Com a alta dos juros nesta segunda, ações mais sensíveis às taxas, como Magazine Luiza (MGLU3) e MRV (MRVE3), figuraram entre as maiores baixas.

As aéreas Gol (GOLL4) e Azul (AZUL4) tombaram 9,19% e 5,82%, respectivamente, após a primeira companhia anunciar que contratou a Seabury Capital para ajudá-la em uma “ampla revisão” de sua estrutura de capital.

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Fim do rali?

Mesmo com a correção neste último pregão, analistas gráficos avaliam que a tendência positiva que o Ibovespa tem apresentado nas últimas semanas deve continuar.

O BB Investimentos avalia que o índice tem “um caminho relativamente tranquilo” para testar os 131 mil pontos.

Segundo o BB, o Ibovespa pode ganhar impulso na esteira de um maior apetite a risco internacional, com o mercado precificando um ciclo de corte de juros nos Estados Unidos mais forte que anteriormente projetado para 2024.

Para completar, o Ibovespa deve se beneficiar da trajetória dos juros no Brasil, que segue com perspectiva de continuidade de afrouxamento, além dos níveis de desconto relativo ainda elevados.

Segundo o BB, os membros mais relevantes na composição do índice podem indicar algum desgaste, “sugerindo que a barreira dos 131 mil pontos será o principal teste do índice em 2023”.

*Com informações da Reuters.