Ibovespa (IBOV): O que azedou o humor do índice nesta segunda (10)
O Ibovespa (IBOV) começou a semana mais fraco, com investidores à espera do tão aguardo dado de inflação. O índice, referência para a Bolsa brasileira, mostrou perdas de 0,80% nesta segunda-feira (10), a 117.942,44 pontos.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) será divulgado nesta terça (11). A expectativa do mercado recai sobre uma queda de 0,10% nos números de junho, o que, se confirmada, será a primeira deflação mensal desde outubro do ano passado.
Na prévia, a inflação do mês já desacelerou para 0,04%. Em 12 meses acumulados, o IPCA-15 ficou em 3,40%, dentro da meta perseguida pelo Banco Central para este ano, de 3,25%, com teto em 4,75%.
O mercado está na expectativa pelos dados de inflação porque buscam sinalizações de que um corte na taxa básica de juros brasileira ocorrerá na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para o próximo mês.
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No Relatório Focus de hoje, do BC, as apostas dos economistas sugerem IPCA ao fim do ano de 4,95% (ante 4,98% na semana passada) e Selic em 12%.
Nos Estados Unidos, o foco recairá sobre o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês). Investidores devem monitorar de perto o resultado para entender os próximos caminhos que o Federal Reserve (Fed) pode traçar em relação aos juros do país.
Altas e baixas
As ações da Vale (VALE3) contribuíram para a baixa do Ibovespa nesta segunda. Penalizada pela baixa do minério de ferro no exterior, a companhia recuou 1,53% na Bolsa.
Do mesmo setor, a CSN (CSNA3) foi destaque negativo na sessão, tendo caído 3,30%. Além da correção nos preços da matéria-prima siderúrgica, o Itaú BBA rebaixou a recomendação da empresa, junto com a de Usiminas (USIM5), para “underperform”.
A Petrobras (PETR4) protagonizou um pregão de altas e baixas, mas fechou o dia em alta de 0,17%, sem dar muito suporte ao índice. Há pouco, a Reuters informou que a estatal negocia sete novos contratos de fornecimento de gás natural para os próximos anos, segundo fontes.
O setor de varejo entregou os maiores recuos, com Lojas Renner (LREN3) derrapando 6,46%. Magazine Luiza (MGLU3) e Via (VIIA3) perderam, respectivamente, 4,09% e 3,77%.
Entre as maiores altas, Azul (AZUL4) subiu 3,11%%. Ambev (ABEV3) fechou com valorização de 1,08%, após o Bank of America (BofA) elevar a recomendação para compra.