Ibovespa (IBOV) testa, mas não sustenta os 127 mil pontos; índice cai sem ajuda de Petrobras (PETR4)

Em mais uma sessão volátil, o Ibovespa (IBOV) não conseguiu se sustentar em campo positivo e quebrou a sequência de alta que começava a se formar nos últimos dois pregões.

Referência para a Bolsa brasileira, o índice, refletindo o movimento mais fraco em Wall Street após a divulgação de dados do PIB dos Estados Unidos, terminou o dia com uma desvalorização de 0,29%, a 126.165,64 pontos.

O Ibovespa chegou a atingir os 127.388,15 pontos na máxima, mas desacelerou com o esfriamento do ânimo nos mercados, mesmo após dados positivos da economia americana.

Ainda assim, o Ibovespa está no caminho para marcar a melhor performance mensal em três anos, com o ganho acumulado em novembro até o momento acima de 11%.

Agenda de indicadores tem dia agitado

A segunda estimativa do PIB dos EUA para o período de julho a setembro trouxe revisão para uma taxa anualizada de 5,2% no trimestre passado.

Enquanto isso, o PIB real aumentou 2,1%. Com isso, os lucros aumentaram 3,3% a uma taxa trimestral no último trimestre, após aumentarem 0,2% no segundo trimestre.

No entanto, o que predominou foi o sentimento mais otimista em relação ao potencial fim do ciclo de aperto monetário nos EUA. Os mercados também chegaram a levantar que o início dos cortes nos juros americanos pode acontecer antes que o previsto.

Leia também

Mercados

Ibovespa (IBOV) abre aos 120 mil pontos, com falas de Haddad no radar; 5 coisas para saber ao investir hoje (7)

Empresas

Vale (VALE3) e GreenIron fazem acordo para projetos de descarbonização no Brasil e Suécia

• Ibovespa (IBOV) terá rali de fim de ano? Veja o que dizem os analistas da Empiricus Research e saiba o que esperar, é só clicar aqui e assistir ao Giro do Mercado desta quarta-feira (29):
  

Declarações recentes do diretor do Fed, Christopher Waller, foram interpretadas como sinais de corte dos juros à frente diante dos últimos movimentos de queda da inflação.

Segundo Waller, se a queda da inflação continuar “por mais alguns meses… três meses, quatro meses, cinco meses…”, o Fed pode começar a reduzir a taxa de juros só porque a inflação está mais baixa.

Publicado há pouco, o Livro Bege do Fed apontou desaceleração na atividade dos EUA do fim de outubro até meados de novembro, corroborando com a ideia de que os esforços de levantar os juros no país estão surtindo efeito.

Acompanhando o recuo dos Treasuries, as taxas futuras de juros no Brasil caíram em nova sessão.

Na agenda econômica brasileira, o destaque ficou para o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), realizado pelo Instituto Brasileiro de Economia (FGV Ibre), que apresentou variação de +0,59% no mês de novembro, ante a alta de 0,50% em outubro.

Com isso, o índice acumula -3,89% no ano e -3,46% em 12 meses. No comparativo anual, o índice havia desacelerado 0,56% em novembro, acumulando 5,90% em 12 meses.

Braskem tem dia positivo e GOLL4 sai perdendo

As ações da Braskem (BRKM5) figuraram entre os destaques de alta do Ibovespa nesta quarta, após o UBS BB elevar a recomendação do nome a “neutro” em meio a expectativas de queda limitada.

O banco de investimento também atualizou a tese da Transmissão Paulista (TRPL4), que não compõe o Ibovespa. Analistas passaram a recomendar a venda dos papéis da elétrica.

Vibra Energia (VBBR3) teve um dia positivo. A companhia anunciou ontem que rejeitou a oferta de fusão com a Eneva (ENEV3).

Já a Gol (GOLL4) perdeu 5,16% em meio ao movimento de corte de recomendação pelo Citi para “venda/alto risco”.

Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3) jogaram pressão sobre o Ibovespa. As ações recuaram 1,04% e 0,03%, respectivamente.

*Com informações da Reuters.