Ibovespa (IBOV) cai em dia sem Wall Street; PCAR3 e MRVE3 disparam
O Ibovespa (IBOV) marcou queda nesta terça-feira (4), após ter fechado com valorização consistente no pregão passado. Sem negociação em Wall Street devido ao feriado de Independência dos Estados Unidos, o índice de referência da Bolsa brasileira recuou 0,50%, a 119.076,37 pontos.
Lucas de Caumont, estrategista de investimentos da Matriz Capital, diz que o movimento negativo de hoje se trata de uma correção. De acordo com o especialista, já é possível ver mais estabilidade na curva de juros e menor volatilidade no mercado.
“Vamos dar estacionada cada vez maior na curva com menor volatilidade e direcional mais bem definido. A questão de queda de juros já está mais próxima e a inflação está chegando na banda superior da meta. Com isso, a gente consegue ter mais estabilidade e o mercado está mais previsível”, explica.
Nesta terça, a alta das petroleiras ajudou a diminuir a pressão sobre o Ibovespa. Petrobras (PETR4) subiu 0,23%, enquanto Prio (PRIO3) avançou 1,66%.
As ações da MRV (MRVE3) figuraram entre as maiores altas da sessão ao subirem 6,96%, após a companhia divulgar sua prévia operacional do segundo trimestre de 2023, com as vendas atingindo R$ 2,6 bilhões, e sinalizar a possibilidade de uma oferta primária de ações.
O Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) disparou quase 10%, puxado pelo controlador Casino, que recebeu duas propostas para fortalecer sua base de capital após alertar para risco de inadimplência.
Do lado das baixas, destaque para Rede D’Or (RDOR3), com queda de 3,67%.
Os papéis da Vale (VALE3) perderam 0,50%, apesar do avanço do minério de ferro. A mineradora fechou em alta de mais de 3% ontem.
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Indicadores domésticos
Com os mercados norte-americanos fechados, os investidores locais se concentraram na agenda de indicadores econômicos doméstico.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção industrial subiu 0,3% em maio e avançou 1,9% na base anual, acima das projeções de alta de 0,1% e 1,2%, respectivamente.
Enquanto isso, o IPC semanal da Fundação Getulio Vargas (FGV) apontou para queda de 0,10% na inflação da quarta quadrissemana de junho. Já no acumulado, o indicador tem alta de 2,22%.
No exterior, mais especificamente em países da OCDE, o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) desacelerou de 7,4% em abril para 6,5% em maio na taxa anual. Trata-se do menor nível desde dezembro de 2021.
O núcleo da inflação, que exclui os preços de alimentos e energia, também arrefeceu, acumulando alta de 6,9%.