O que fez Ibovespa (IBOV) virar para queda nesta terça-feira (23)?

O Ibovespa (IBOV) perdeu fôlego na tarde desta terça-feira (23) e virou para queda, fechando o pregão com perdas de 0,26%, a 109.928,53 pontos.

O índice de referência da Bolsa brasileira acompanhou a deterioração em Wall Street, que reagiu ao impasse sobre o teto da dívida dos Estados Unidos. Aconteceu uma nova rodada de negociações que não levou a resultados quanto ao aumento do teto de endividamento norte-americano, ponto que tem levantado preocupações nos mercados pela possibilidade de um calote por parte do país.

No Brasil, investidores locais seguem monitorando o andamento da votação da proposta do novo arcabouço fiscal, que, se aprovada, substituirá o teto de gastos. O texto vai para votação na Câmara dos Deputados ainda nesta semana. Para ser aprovado, é necessário o apoio da maioria absoluta, de 257 deputados. Em caso de decisão a favor, a proposta seguirá para o Senado.

Cláudio Cajado (PP-BA), relator do arcabouço fiscal, corre para fazer os últimos ajustes no texto. O deputado se encontrou com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e disse que deixará alguns pontos de seu parecer mais claros para garantir o equilíbrio da proposta.

Cajado ressaltou, no entanto, que as alterações não vão mudar o principal foco do texto.

Altas e baixas

As ações da Petrobras (PETR4) subiram 2,46% e impediram perdas maiores para o Ibovespa nesta terça, beneficiando-se da forte valorização dos preços do petróleo nos mercados internacionais. O Banco do Brasil (BBAS3) encerrou em alta de 2,35%, dando suporte para o índice.

Contribuiu também o avanço de 1,51% da Suzano (SUZB3), que informou que vai elevar o preço da celulose fibra curta em US$ 30 a tonelada para todos os mercados asiáticos a partir de junho.

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Porém, a baixa de Vale (VALE3) pesou para o mercado brasileiro. A mineradora caiu 2,26%, sob o peso do minério de ferro.

Caíram também os papéis dos frigoríficos BRF (BRFS3) e Marfrig (MRFG3). No caso da BRF, o mercado monitora os casos de gripe aviária.

“Apesar de não ter sido detectada em plantas comerciais, somente em aves silvestres, a noticia do Ministério da Agricultura que instaurou emergência zoossanitária por 180 dias por conta dessa gripe aviária, acabou refletindo negativamente nas ações da empresa”, explica Andre Fernandes, head de renda variável e sócio da A7 Capital.