Mercados

Ibovespa fecha 5° dia consecutivo em queda; entenda os motivos

04 jun 2024, 17:26 - atualizado em 04 jun 2024, 17:28
commodities ibovespa
Ibovespa fecha 5° dia consecutivo em queda, refletindo o valor das commodities nesta terça (4) (Imagem: Reuters/Nick Oxford)

O Ibovespa fechou em queda pelo quinto dia consecutivo nesta terça (4), com a baixa no preço das commodities pesando o IBOV.

O índice fechou em baixa de 0,19%, a 121.802,06 pontos.

Frente à queda do preço do petróleo, a Petrobras (PETR3;PETR4) caiu 0,57% para ações ordinárias e 1,11% para preferenciais. Além disso, as junior oils, Prio (PRIO3) e 3R Petroleum (RRRP3) fecharam em baixas de 0,68% e 3,12%, respectivamente.

As mineradoras também sofreram. Vale (VALE3), Gerdau (GGBR4) e CSN Mineração (CMIN3) recuaram 1,02%, 1,14% e 2,69%, respectivamente, refletindo a queda do valor do minério de ferro.

De acordo com Jaqueline Kist, especialista em mercado de capitais e sócia da Matriz Capital, com volume diário de negociação abaixo da média dos últimos meses, o Ibovespa acumula mais um dia de queda, acentuando a queda vista desde o mês de abril.

“Os fluxos divulgados hoje pela B3 indicam saída de R$ 1,6 bilhão de capital estrangeiro e R$ 3,1 bilhões de institucional no mês de maio, frente ao investidor pessoa física que sustenta algum fluxo positivo em R$ 2,4 bi no mês”, afirmou.

A analista lembra ainda que o resultado do PIB brasileiro divulgado hoje, com alta acima das expectativas do mercado, também impacta a curva futura de juros, que observa leve alta em todos os vértices.

“Setores de consumo enquanto, por outro lado, parece trazer algum gatilho de leve alta aos papéis do Itaú e Bradesco, figurando também no ranking dos maiores volumes negociados hoje, mas sem valorização expressiva de preço”, completa.

As altas e baixas do Ibovespa

Nas maiores altas, Embraer (EMBR3) disparou 2,59%, refletindo o acordo de R$ 7 bilhões com companhia aérea estatal mexicana, para venda de 20 aeronaves.

Além disso, a SLC Agrícola (SLCE3) fechou em alta de 3,04% frente a elevação de recomendação por parte de algumas casas de análise, que avaliam as perspectivas para a safra 2023/2024 como melhores do que as projeções precificadas no papel.

Na ponta negativa, os papéis de varejo, como Casas Bahia (BHIA3), Magazine Luiza (MGLU3) e Pão de Açúcar (PCAR3), fecharam em quedas de 9,03%, 8,12% e 4,22%, respectivamente. A baixa do setor reflete a alta da curva de juros futura, negativa para o cenário de consumo cíclico com o custo de crédito mais alto.

Como a China e o preço das commodities pesaram o Ibovespa

Apesar da divulgação positiva do Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) da China, o minério de ferro caiu. De acordo com Rodrigo Cohen, analista de investimentos e co-fundador da Escola de Investimentos, o PMI não é o indicador mais esperado pela China nesta semana, e sim o balanço comercial.

“Como a gente não sabe ainda qual é o resultado desse indicador, o mercado fica em zona de defesa e por isso, a China caiu e o minério cai também”, afirma.

Ele lembra ainda que tivemos um evento bem crítico na China em relação a construtoras passando por prejuízos.

“Então a gente sabe que a produção de minério está cada vez menor, por isso é um dos motivos que faz o preço do minério cair cada vez mais”.

Além disso, a incerteza nos juros dos Estados Unidos e da Europa ajuda a piorar os preços das commodities.

“Para essa situação melhorar, a China precisa voltar a apresentar resultados mais robustos na economia”, destacou Cohen.

“Os incentivos precisam começar a surtir efeito em relação aos juros na China, aí sim o mundo vai voltar a olhar a China de forma diferente”.

Estagiária de Redação
Estudante da área de comunicação, cursando Jornalismo na Faculdade Cásper Líbero. Ingressou no Money Times em 2024 como estagiária.
marcela.malafaia@moneytimes.com.br
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