Ibovespa (IBOV) titubeia sob peso do Bradesco (BBDC4); ações do banco têm pior pregão desde novembro de 2022
Após a disparada do último fechamento, o Ibovespa (IBOV) voltou a titubear nesta quarta-feira (7), sob peso da derrocada das ações do Bradesco (BBDC3;BBDC4) após resultados decepcionantes.
Referência na bolsa brasileira, o índice fechou o pregão em queda de 0,36%, a 129.949,90 pontos.
Dierson Richetti, especialista em investimentos e sócio da GT Capital, diz que a queda de hoje não surpreende e está atrelada a um movimento de correção depois da recente disparada.
Ibovespa precisará de mais esforços para engatar alta
A análise técnica do Itaú BBA desta quarta sugere que, tendo ultrapassado a resistência 129.558 pontos, o Ibovespa tem mais chances de retomar movimento de alta que pode levá-lo aos 132.000 pontos e à máxima histórica, em 134.400 pontos.
De acordo com o BBA, o Ibovespa pode retomar o movimento de alta pegando uma carona com o bom momento dos índices americanos S&P 500, Dow Jones e Nasdaq. No entanto, “precisará de mais esforços para engatar o movimento de subida”.
O BBA afirma que, do lado da baixa, a região de 126.400 pontos continua sendo o sinal de alerta para o investidor.
Bradesco tem pior pregão desde novembro de 2022
O noticiário corporativo voltou a ser o principal destaque do mercado doméstico. O principal acontecimento foi, de longe, o tombo de 13,02% das ações ordinárias e 15,66% das preferenciais do Bradesco.
Trata-se da maior queda em um pregão do banco desde 9 de novembro de 2022, quando os papéis preferenciais da companhia caíram mais de 17% e as ordinárias fecharam a sessão em baixa de 16%.
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O Bradesco entregou lucro líquido recorrente de R$ 2,87 bilhões no quarto trimestre do ano passado, bem abaixo das projeções do consenso do mercado, que apontava ganhos de R$ 4,79 bilhões para o período.
O banco também divulgou o guidance para 2024. Na teleconferência de resultados realizada nesta quarta, o novo CEO, Marcelo Noronha, detalhou o plano estratégico para os anos de 2024-28 com iniciativas focadas em melhorar a rentabilidade da empresa.
Além de Bradesco, Klabin (KLBN11), que ficou praticamente estável na bolsa, divulgou seus resultados trimestrais. A companhia de papel e celulose viu seu lucro totalizar R$ 370 milhões nos últimos três meses de 2023.
Vale (VALE3) engatou dia de recuperação, tendo avançado 0,19%. Petrobras (PETR4), com a ajuda do petróleo, subiu de novo e chegou ao valor de mercado de R$ 552,8 bilhões.
Destaque de alta, a Petz (PETZ3) disparou 9,49%.