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Ibovespa (IBOV) tem baixa em dia de despedida da Americanas (AMER3), mas fecha semana no positivo

20 jan 2023, 18:15 - atualizado em 20 jan 2023, 18:37
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Ibovespa quebra trajetória de alta dos últimos três pregões (Imagem: Tainá da Silva)

O Ibovespa (IBOV) apresentou sessão fraca nesta sexta-feira (20), quebrando a tendência de três pregões de alta seguidos que vinha mantendo.

O índice de referência da Bolsa brasileira recuou 0,78%, a 112.040,64 pontos. Na semana, avançou 1,01%.

Hoje foi dia de se despedir da Americanas (AMER3), que saiu de todos os índices da B3 após entrar com pedido de recuperação judicial.

Em seu último dia listada no Ibovespa, a varejista registrou tombo de 29%, chegando ao patamar de centavos. Negociada a R$ 0,71, a ação da Americanas atingiu mínima histórica.

Nesta quinta, a Justiça aceitou o pedido de recuperação judicial da companhia, que passa a ter 180 dias sem a execução de qualquer dívida e 60 dias para apresentar uma proposta de recuperação.

Com dívidas que somam R$ 43 bilhões, a Americanas apresentou pedido imediato de recuperação judicial após o fracasso das negociações entre acionistas e credores para acertar o valor da injeção de capital.

Logo após o anúncio do pedido de recuperação judicial, a B3 informou a saída da Americanas de seus índices.

A partir de hoje, o ativo está excluído de IBOV, IGCX, ICO2, ICON, IBXX, IGCT, IGNM, IBRA, IVBX, ISEE, ITAG, SMLL, IBXL e GPTW ao seu preço de fechamento.

Agenda esvaziada

Em dia de agenda esvaziada, o Ibovespa teve pregão marcado pelo vencimento de opções sobre ações.

Apesar disso, Dan Kawa, diretor de investimentos da TAG Investimentos, os ativos locais continuam se favorecendo de um fluxo relevante e de um otimismo evidente dos estrangeiros com os países e os ativos emergentes.

“A reabertura da China, com a queda nas taxas de juros dos EUA, em meio a ‘valuations’ atrativos e uma posição técnica saudável, vem sendo um pano de fundo evidentemente positivo para o Brasil e seus ativos”, comentou Kawa, em nota a clientes.

Investidores seguiram repercutindo as falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o Banco Central.

Lula disse em entrevista à Globo News que é uma “bobagem” achar que o BC independente faz mais agora do que quando o presidente indicava o comando da autoridade monetária.

Em seminário promovido pela UCLA (Universidade da Califórnia em Los Angeles), o presidente do BC, Roberto Campos Neto, disse que entendeu o que Lula quis dizer, relativizando as críticas do presidente.

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, chegou a assegurar que não Lula interferirá na autoridade monetária, acrescentando ainda que o presidente respeita a autonomia do BC.

Kawa diz que, apesar do discurso “amedrontador do ponto de vista econômico” de Lula, a equipe vem mostrando “maior racionalidade e tentando apontar à sociedade que o caminho, em algumas esferas, como a econômica, é manter parte das conquistas do passado”.

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