Ibovespa

Ibovespa (IBOV) fecha em queda aos 123 mil pontos com fiscal no radar, mas avança 2% na semana; dólar encosta em R$ 5,60

28 jun 2024, 17:15 - atualizado em 28 jun 2024, 17:43
(Imagem: Reuters/Amanda Perobelli)

Em uma semana agitada no mercado acionário brasileiro, as discussões sobre o cenário fiscal doméstico roubaram os holofotes.

Nesta sexta-feira (28) não foi diferente. Os investidores acompanharam novas declarações do presidente da República Luiza Inácio Lula da Silva, do presidente do Banco Central Roberto Campos Neto e do diretor de Política Monetária do BC Gabriel Galípolo. Dados das contas públicas e mercado de trabalho também movimentaram o dia.

O Ibovespa (IBOV) fechou o pregão em queda de 0,32%, aos 123.906,55 pontos.  Na semana, o principal índice da bolsa brasileira avançou 2,11%. Em junho, o avanço foi de 1,48%

Já o dólar à vista (USBRL), que renovou a máxima intradia a R$ 5,59910 (+1,52%), terminou o dia a R$ 5,5883, com ganhos de 1,47%. A alta acumulada dos últimos cinco pregões foi de 2,71% e no mês, +6,43%. 

Mais cedo, o BC divulgou dados sobre as contas públicas. A dívida bruta do Brasil subiu mais do que o esperado em maio, enquanto o setor público consolidado apresentou déficit primário maior que a expectativa.

Além disso, a taxa de desemprego  no Brasil caiu mais do que o esperado no trimestre até maio, chegando ao patamar mais baixo para o período em 10 anos, com o menor número de pessoas que buscavam uma ocupação desde 2015 e novo aumento da renda.

Apesar dos ruídos domésticos, o principal índice da bolsa brasileira fechou o mês de junho com alta de 1,47%. Já o dólar avançou 6,43%.

Altas e quedas do Ibovespa 

Com a notícias corporativas mais escassas, o pregão foi marcado por ajustes de posições — com o fim do mês e do semestre. Em meio à aversão ao risco local, os papéis considerados “defensivos” foram os destaques do pregão.

Entre eles, as ações da Eletrobras (ELET3;ELET6) chegaram a liderar os ganhos do Ibovespa, mas arrefeceu os ganhos ao longo do pregão.

A Vale (VALE3) tentou reverter as perdas do mês na esteira da recuperação do minério de ferro na China. A mineradora terminou a sessão entre as maiores altas do índice, com avanço de n%, a R$. Por ter apenas as ações de Vale na carteira, Bradespar (BRAP4) acompanhou o tom positivo da companhia.

Na ponta positiva, BRF (BRFS3) fechou como a maior alta do Ibovespa. Já a ponta negativa foi liderada, mais uma vez, por Azul (AZUL4).

Exterior 

Com a reação do primeiro debate entre Joe Biden e Donald Trump na corrida presidencial dos Estados Unidos em segundo plano, os investidores repercutiram o aguardado dado de inflação.

O Índice de Preço de Consumo Pessoal (PCE, na sigla em inglês) permaneceram inalterados em maio — o que retomou as expectativas pelo início dos cortes da taxa de juros ainda este ano pelo Federal Reserve (Fed, o BC norte-americano). Nos 12 meses até maio, o índice aumentou 2,6%, depois de avançar 2,7% em abril.

Excluindo os componentes voláteis de alimentos e energia, o núcleo do PCE subiu 0,1% no mês passado, de alta de 0,3% em abril, informou o Departamento de Comércio do país nesta sexta-feira (28).

O núcleo da inflação aumentou 2,6% na comparação anual em maio, o menor avanço desde março de 2021, após um aumento de 2,8% em abril. Os resultados vieram em linha com o esperado pelo mercado.

Vale lembrar que o PCE é principal referência de inflação para o Fed e faz parte do conjunto de dados que orientam as decisões de política monetária.

Após os dados, o S&P 500 e Nasdaq renovaram máximas históricas. Isso porque o dado de inflação aumentou as apostas de afrouxamento monetário pelo Federal Reserve (Fed), com a expectativa de início dos cortes nos juros em setembro. Porém, os índices perderam fôlego na reta final do pregão.

Confira o fechamento dos índices de Nova York: 

  • S&P 500: -0,41%, aos 5.460,48 pontos; 
  • Dow Jones: -0,12%, aos 39.118,86 pontos; 
  • Nasdaq: -0,71%, aos 17.732,60 pontos.

Jornalista formada pela PUC-SP. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
Jornalista formada pela PUC-SP. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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