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Ibovespa sustenta aos 129 mil pontos com Wall Street e na expectativa por pacote fiscal; dólar cai a R$ 5,80

25 nov 2024, 18:14 - atualizado em 25 nov 2024, 18:25
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O Ibovespa perdeu força na reta final do pregão com os investidores à espera do pacote fiscal; Dow Jones renovou o recorde de fechamento(Imagem: Leung Cho Pan/Canva)

O Ibovespa (IBOV) sustentou os 129 mil pontos alcançados na semana anterior, em meio à expectativa pelo novo pacote fiscal e apoio de Wall Street.

Nesta segunda-feira (25), o principal índice da bolsa brasileira caiu 0,07%, aos 129.036,10 pontos,.

Já o dólar à vista (USBRL) terminou a sessão a R$ 5,8055 (-0,15%).

No cenário doméstico, os investidores seguiram acompanhando os desdobramentos das negociações sobre o corte nos gastos públicos.

Hoje, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com ministros para discutir o plano fiscal. Os ministros da Casa Civil, Rui Costa; da Fazenda, Fernando Haddad; da Gestão e Inovação, Esther Dweck e; o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gustavo Guimarães, estiveram presentes. Não houve qualquer sinalização de anúncio.

No final da tarde, os ministérios do Planejamento e da Fazenda convocaram uma entrevista coletiva, às 18h (horário de Brasília), para comentar os dados do Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas do 5º Bimestre — que foi divulgado na sexta-feira (22), com um um bloqueio adicional de R$ 6 bilhões em despesas orçamentárias deste ano.

Já os economistas consultados pelo Banco Central cortaram a projeção para a inflação em 2024 de 4,64% para 4,63%, mas elevaram para os anos seguintes, segundo o Boletim Focus.

Altas e quedas no Ibovespa

Entre os papéis negociados no Ibovespa, Azul (AZUL4) saltou mais de 10% e liderou os ganhos do índices, com apoio da queda do dólar e do petróleo.

CVC (CVCB3) também foi um dos destaques. A empresa registrou o maior preço de tela desde março ao atingir a cotação de R$ 2,80 por papel, em reação à decisão do conselho de administração de incluir uma poison pill no estatuto da companhia.

A nova cláusula inclui lançamento de uma oferta pública de aquisição de ações (OPA) caso algum acionista atinja participação “relevante” no grupo — de mais de 25% do capital social. A companhia também aprovou um programa de recompra de até 15,7 milhões de ações.

Carrefour (CRFB3) concentrou as atenções com o boicote de frigoríficos brasileiros, que pararam de fornecer carnes ao grupo após a decisão da rede na França de não vender mais produtos do Mercosul.

Nas contas dos analistas do Bradesco BBI, a carne bovina corresponde entre 4% e 5% das vendas totais do Carrefour. Mas, segundo eles, ainda é muito cedo para avaliar o impacto total do boicote, pois os níveis reais de falta de estoque nas lojas e a velocidade com que eles podem aumentar permanecem incertos.

Na ponta negativa, Bradesco (BBDC4) ficou entre as maiores quedas após o JP Morgan rebaixar a recomendação de compra para neutra. O banco gringo ainda cortou o preço-alvo de R$ 20 para R$ 16.

Para os analistas, ainda que o Bradesco tenha apresentado melhoras graduais nos resultados, o progresso tem sido mais lento que o esperado. “E estamos preocupados que isso continue sendo o caso em 2025”, escreveram os analistas em relatório.

Entre os pesos-pesados do índice, as ações da Vale (VALE3) acompanharam o minério de ferro e fechou em tom positivo. Petrobras (PETR4;PETR3) caiu na esteira do desempenho do petróleo.

Exterior 

Nos Estados Unidos, os investidores repercutiram novas indicações do presidente eleito dos Estados UnidosDonald Trump, ao novo governo.

O republicano escolheu o investidor Scott Bessent para o cargo de secretário do Tesouro. O veterano de Wall Street é considerado um conservador fiscal, o que reduzia temores dos investidores com o aumento do déficit da maior economia do mundo.

Em segundo plano, os agentes financeiros acompanharam os relatos de cessar-fogo entre Israel e o grupo libanês Hezbollah.

Confira o fechamento dos índices de Nova York:

  • S&P 500: +0,30%, aos 5.987,37 pontos; 
  • Dow Jones: +0,99%, aos 44.736,57 pontos — no maior nível histórico de fechamento ;
  • Nasdaq: +0,27%, aos 19.054,83 pontos.

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Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
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