Ibovespa (IBOV) tomba com falas de Campos Neto sobre juros; commodities e bancos pressionam
O Ibovespa (IBOV) fechou o pregão pré-feriado em queda de mais de 2%, com o mercado repercutindo falas mais duras do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, sobre os juros no Brasil.
O índice de referência da B3 (B3SA3) derreteu 2,17%, a 109.763,77 pontos.
Na véspera, Campos Neto disse que o BC não pensa em queda de juros neste momento, mas sim em convergir a inflação, ressaltando que a situação inspira cuidados e que a batalha contra a alta de preços no país não está ganha.
De acordo com Campos Neto, o BC “continua navegando em um ambiente de alta incerteza”.
“A gente não olha, não pensa em queda de juros neste momento. A gente pensa em finalizar o trabalho. Finalizar o trabalho significa convergir a inflação”, disse, em evento do Valor Econômico.
O analista Victor Benndorf, da casa que leva o seu nome, afirma que a Bolsa brasileira está atrasada em relação ao resto do mundo – ou seja, enquanto as Bolsas globais caíram, o Ibovespa subiu.
“O globo corrigiu, o Brasil ficou. Hoje veio volatilidade”, destaca.
A possibilidade de uma nova alta da Selic pesou para ativos com maior exposição à economia local, como construtoras e varejistas.
Com o recuo dos preços do petróleo nos mercados internacionais, as ações do setor de óleo e gás contribuíram para pressionar ainda mais o Ibovespa. As ações preferenciais da Petrobras (PETR4) derreteram 3,69%.
O setor de mineração e siderúrgica também teve dia negativo, com Vale (VALE3) caindo mais de 2%.
Para completar, os bancos recuaram, sendo Banco do Brasil (BBAS3) o papel do setor que mais caiu no dia, marcando queda de mais de 4,8%.
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