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Ibovespa (IBOV) desanima nesta sexta (16), mas fecha semana com ganhos; veja resumo

16 jun 2023, 17:23 - atualizado em 16 jun 2023, 17:34
Ibovespa, ações
Ibovespa tem dia de correção nesta sexta-feira (16) (Imagem: Patricia Monteiro/Bloomberg)

O Ibovespa (IBOV) encerrou esta sexta-feira (16) mais tímido, em movimento de ajustes após a agitação dos últimos pregões. Apesar da sessão fraca, o índice de referência termina a semana em campo positivo.

O Ibovespa registrou queda de 0,39% nesta sexta, chegando aos 118.758,42 pontos, de acordo com dados preliminares. No acumulado semanal, subiu 1,49%.

Em junho, as compras de estrangeiros superam as vendas em R$ 6,912 bilhões até dia 14, com entrada líquida de R$ 767 milhões só na quarta-feira.

O meio da semana foi agitada para os mercados, que repercutiram a pausa no ciclo de aperto monetário dos Estados Unidos. O banco central do país, Federal Reserve (Fed), decidiu pela manutenção dos juros em 5-5,25%.

Em discurso pós-decisão, o presidente do Fed, Jerome Powell, avaliou que as pressões inflacionárias continuam elevadas e que o processo de redução da inflação a 2% ainda tem “um longo caminho a percorrer”.

Powell sinalizou que a maioria dos participantes ainda acredita que mais mudanças (para cima) nas taxas serão necessárias, embora tenha reconhecido os benefícios de moderar o ritmo do aperto para que a economia possa se adaptar ao novo cenário.

Em território nacional, o destaque da semana ficou para a elevação de perspectiva do Brasil pela agência de classificação de risco de crédito S&P Global Ratings para positiva. A última vez que a nota de crédito do Brasil ficou positiva foi em 2019.

A S&P comentou que a falta de clareza sobre as políticas fiscais diminuiu com a aprovação do arcabouço fiscal na Câmara dos Deputados. Na avaliação da agência, o novo texto será mais frouxo que o teto de gastos, mas manterá gatilhos que levarão à melhora fiscal.

O rating “BB-“, no entanto, foi reafirmado. Para atingir o grau de investimento, o país precisaria subir mais três degraus.

Nesta sexta, saíram dados sobre a atividade econômica brasileira, que avançou em abril. O Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br), do Banco Central, aponta que a prévia do Produto Interno Bruto (PIB) subiu 0,56% no quarto mês do ano ante mês anterior, quando recuou 0,14%.

Os últimos indicadores econômicos divulgados reforçam a perspectiva de que um corte da Selic está cada vez mais próximo de acontecer.

Apolo Duarte, head de renda variável e sócio da AVG Capital, destaca que o IBC-Br surpreendeu positivamente hoje, enquanto a redução do preço da gasolina anunciada pela Petrobras (PETR4) ontem ajudou a melhorar a percepção de crescimento e controle da inflação.

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Altas e baixas

Apesar da baixa do Ibovespa, as ações de Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) fecharam em alta. A mineradora avançou 0,16%, refletindo a alta do minério de ferro. Enquanto isso, a petroleira subiu 0,85%, também repercutindo o avanço da commodity a qual é exposta, o petróleo.

A CVC Brasil (CVCB3) liderou as altas do pregão, aproveitando um dia positivo para o setor de viagens como um todo. Azul (AZUL4) e Gol (GOLL4) subiram 2,79% e 1,98%, respectivamente.

Do lado das baixas, Carrefour Brasil (CRFB3) e Assaí (ASAI3) foram destaques negativos. As ações sofreram pressão após o IGP-10 registrar a maior queda da série histórica em junho.

Localiza (RENT3) acabou caindo 2,34%, após anunciar uma oferta bilionária de ações.