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Ibovespa (IBOV) amarga nova perda e é jogado aos 114 mil pontos; entenda o movimento desta terça (26)

26 set 2023, 17:13 - atualizado em 26 set 2023, 17:37
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Ibovespa cai novamente, pressionado por exterior e cenário doméstico (Imagem: Money Times/Diana Cheng)

O Ibovespa (IBOV) cravou seu quarto pregão consecutivo de queda nesta terça-feira (26), afetado mais uma vez pelo sentimento negativo no exterior, mas com repercussões do lado doméstico também.

Referência para a Bolsa brasileira, o índice fechou esta sessão com desvalorização de 1,49%, a 114.193,43 pontos.

Nos mercados lá fora, a perspectiva segue negativa para a trajetória dos juros dos Estados Unidos após o comunicado mais hawkish (agressivo) do Federal Reserve (Fed) divulgado na semana passada, quando a autoridade monetária decidiu pela manutenção da taxa de referência de juros do país em 5,25-5,50%.

No comunicado, o Fed sinalizou que os juros americanos devem permanecer em patamares altos por mais tempo que o previsto, o que pressionou os ativos de risco nos pregões seguintes à divulgação.

No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central quebrou a expectativa de um ritmo mais agressivo de flexibilização, postura que foi reafirmada nesta terça com a ata.

A ata da última reunião do Copom reforçou a postura das autoridades quanto ao ritmo de corte dos juros no país. O BC não parece que irá acelerar o ritmo de flexibilização da taxa Selic, minguando as expectativas dos mais otimistas, na expectativa por um recuo de 0,75 ponto percentual.

Em paralelo, o IPCA-15, considerado a prévia da inflação, avançou 0,35% em setembro. No ano, o indicador acumula alta de 3,74%, enquanto o resultado em 12 meses ficou em 5% até este mês, ante 4,24% no número registrado até julho.

A meta de inflação perseguida pelo Banco Central para o ano é de 3,25%, com tolerância de 1,5 ponto percentual, para baixo ou para cima. Ou seja, no acumulado de 12 meses, o IPCA-15 rompe o teto da meta.

Em análise gráfica, a Ágora Investimentos avalia que a tendência do Ibovespa permanece negativa para o curto prazo, com a formação em “ombro-cabeça-ombro” ainda prometendo buscas em 114.400, 113.000 e 110.500 pontos.

Nesta terça, as ações da Petrobras (PETR4) e da Vale (VALE3) pesaram sobre o mercado local, com as ações preferenciais da petroleira recuando 2,31% e a mineradora perdendo 1,56%.

O varejo caiu em peso. Destaque para Petz (PETZ3), que derreteu 5,60%. Lojas Renner (LREN3) caiu 4,64%.

Em sessão de poucos destaques de alta, BRF (BRFS3) e Eletrobras (ELET6) avançaram.