Ibovespa (IBOV) não acompanha mercados globais e fecha primeiro pregão da semana em queda
O Ibovespa (IBOV) operou na contramão dos mercados globais em boa parte desta segunda-feira (6), fechando o primeiro dia de negociação da semana em baixa.
O índice estendeu a trajetória negativa ao longo do dia, fechando com desvalorização de 0,82%, a 110.185,91 pontos. Nem mesmo a notícia da flexibilização das restrições na China, que ajudou a Bolsa a abrir em alta, aliviou a pressão no mercado local.
De acordo com Enrico Cozzolino, chefe de análise e sócio da Levante Investimentos, o desempenho da Bolsa pode ser explicado pela perda de força do apetite a risco, conforme investidores aguardam por mais clareza nos movimentos dos bancos centrais, em especial do Brasil e dos Estados Unidos.
O Ibovespa teve um pregão sem ações com altas significativas. Por outro lado, os papéis da Hapvida (HAPV3) e da Positivo (POSI3) despencaram mais de 6% cada, virando os destaques de queda de hoje.
Notícias que movimentaram o Ibovespa hoje
Covid na China
A China anunciou nesta segunda a flexibilização de algumas restrições contra o coronavírus em Pequim, em um movimento de retomada gradual à normalidade.
O serviço de refeições foi retomado em boa parte da capital do país depois de bares e restaurantes ficarem restritos a entregas desde o início do mês passado.
O trabalho normal também está sendo retomado, e as proibições de trânsito foram suspensas na maioria das áreas de Pequim.
Além do anúncio da flexibilização das medidas restritivas, foi divulgado que o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) de serviços do Caixin subiu de 36,2 em abril para 41,4 em maio. O avanço é reflexo da redução das restrições por conta da Covid.
Apesar do avanço, a leitura ficou abaixo da marca de 50 que separa crescimento de contração.
Caged
O Brasil abriu 196.966 vagas formais de trabalho em abril, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Previdência.
O resultado, puxado pelo setor de serviços, representa uma aceleração em relação a março, quando o país abriu 88.145 vagas de emprego, e veio acima do esperado. Analistas ouvidos pela Reuters projetavam criação de 170.655 postos de trabalho.
Abril registrou o melhor nível para o mês desde 2012, quando foram abertos 216.974 vagas.
Com isso, o Brasil passa a acumular saldo positivo de 770.593 empregos formais no ano.
Destaques da Bolsa hoje
– HAPVIDA ON (HAPV3) caiu 6,15%, para uma mínima de fechamento desde abril de 2019, mantendo em junho o tom negativo que marcou os quatro meses anteriores.
– POSITIVO TECNOLOGIA (POSI3) recuou 6,13%, em meio a ajustes após forte alta na semana passada, quando chegou a subir mais de 15% em apenas um pregão. No ano, o papel ainda acumula um declínio de mais de 20%.
– SUZANO ON (SUZB3) avançou 1,1%, em sessão positiva para commodities. O Bradesco BBI elevou previsão de preços de celulose, reiterando recomendação ‘outperform’ para Suzano e Klabin. KLABIN UNIT (KLBN11) subiu 0,18%.
– MAGAZINE LUIZA ON (MGLU3) perdeu 3,40%, batendo uma mínima em quatro anos, em mais uma sessão negativa para varejistas na B3. AMERICANAS ON (AMER3) caiu 4,89%, para o menor patamar desde o final de 2017.
– VALE ON (VALE3) subiu 0,1%, conforme os futuros de minério de ferro na bolsa de Dalian alcançaram o maior valor em 10 meses. Ainda assim, distante da máxima do dia, quando avançou 1,5%. CSN MINERAÇÃO ON (CSNA3) ganhou 1,94%.
– ELETROBRAS ON (ELET3) cedeu 0,14%, com agentes financeiros monitorando avanço na direção da oferta de capitalização da maior companhia de energia elétrica da América Latina, prevista para esta semana.
– PETROBRAS PN (PETR4) fechou com variação positiva de 0,17%, em meio ao declínio do petróleo no exterior e manutenção das discussões sobre preços de combustíveis no país, além do primeiro passo para um processo mirando a privatização da companhia.
– ITAÚ UNIBANCO PN (ITUB4) caiu 0,35%, enquanto BRADESCO PN (BBDC4) subiu 0,1%, em sessão sem direção única para bancos. O Itaú BBA reiterou recomendação “outperform” para o Bradesco, mas cortou o preço-alvo da ação.
Com Reuters
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