Ibovespa (IBOV) cai pela 3ª sessão consecutiva e retorna aos 108 mil pontos
O Ibovespa (IBOV) fechou novamente em queda nesta terça-feira (27), marcando sua terceira baixa consecutiva.
Referência na B3 (B3SA3), o índice teve perdas de 0,68%, a 108.376,35 pontos.
O Ibovespa chegou a subir na abertura do pregão, mas devolveu os ganhos diante da piora dos índices americanos, que também fecharam majoritariamente em campo negativo.
Os bancos foram novamente responsáveis por pressionar o Ibovespa para baixo, enquanto a performance das ações do setor de óleo e gás impediram que o índice terminasse o dia com uma queda mais acentuada.
O mercado doméstico segue atento à proximidade das eleições presidenciais, com o primeiro turno marcado para domingo (2).
Pesquisas eleitorais de intenções de voto mostram o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na frente, seguido por Jair Bolsonaro (PL), que tenta a reeleição.
Régis Chinchila, analista da Terra Investimentos, acredita que esta semana será “travada”.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) divulgado nesta terça ficou em -0,37% em setembro, após queda de 0,73% em agosto. Em setembro de 2021, o IPCA-15 subiu 1,14%.
O resultado do mês veio maior que as projeções do mercado, que estimavam queda de 0,2%.
No resultado acumulado em 12 meses, o IPCA-15 ficou em 7,96% em setembro, abaixo dos 9,60% registrados no mês passado.
No acumulado de 2022, a prévia da inflação apresenta alta de 4,63%.
Além dos dados do IPCA-15, o mercado digeriu a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).
Na ata, o comitê destacou que o ciclo de aperto monetário tem sido bastante intenso, mas ainda não apresentou grande parte do efeito contracionista esperado e nem teve impacto sobre a inflação.
Na última semana, o Copom interrompeu o ciclo de altas da taxa básica de juros do país, iniciada em março do ano passado, mantendo a Selic em 13,75%.
No entanto, o Banco Central não descartou a possibilidade de retomar o ciclo de aperto monetário.
O Copom reforçou na ata que manterá a vigilância, avaliando se a estratégia de manutenção da taxa básica de juros por um período suficientemente prolongado será capaz de controlar a inflação.
Maiores altas e baixas
As ações da Gerdau (GGBR4) lideraram os ganhos do Ibovespa nesta terça, fechando em alta de 2,59%. A controladora Metalúrgica Gerdau (GOAU4) também esteve entre os destaques positivos da sessão.
O desempenho dos papéis seguiram a recuperação dos preços do minério de ferro.
Os contratos futuros do ingrediente siderúrgico negociados na Bolsa de Cingapura para outubro, subiram 1,5%, para a máxima da sessão de US$ 97,05 a tonelada, enquanto o contrato de setembro ganhou 0,2%, para US$ 98,60.
Apesar disso, a Vale (VALE3) fechou o dia em queda de 0,44%, a R$ 67,70.
As units do BTG Pactual (BPAC11) avançaram 2,18%, após caírem mais de 5% na sessão anterior.
Destaque entre as baixas, a Alpargatas (ALPA4) recuou 4,84%, seguida por Positivo (POSI3), que caiu 4,82%, e Dexco (DXCO3), com perdas de 4,6%.
As ações preferenciais da Petrobras (PETR4) tiveram valorização de 0,71%, refletindo o movimento dos preços do petróleo nos mercados lá fora.
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