Ibovespa (IBOV) fecha em queda de 0,8% puxado por Petrobras (PETR4)
O Ibovespa (IBOV) encerrou a sessão desta segunda-feira (30) em queda de 0,81%, a 111.103,11 pontos, destoando da alta das bolsas globais.
Wall Street não operou devido o Memorial Day, o que tende a reduzir a liquidez do mercado e pode trazer volatilidade adicional para o índice.
O pregão foi marcado, principalmente, pela queda das ações da Petrobras (PETR3;PETR4). O mercado ainda digere a troca de comando da empresa. Além disso, segundo analistas consultados pelo Money Times, as eleições presidenciais já começam a fazer preço para a estatal.
Segundo André Meirelles, da InvestSmart XP, o mercado internacional ganhou maior apetite ao risco, após a notícia de reabertura parcial de Pequim.
“As expectativas sobre a volta da atividade chinesa também impactaram as commodities. O petróleo apresentou alta de 1,84% no dia e o minério de ferro 0,14%”, recorda.
Veja o que mexeu com o Ibovespa
Inflação
O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) subiu 0,52% em maio, depois de avançar 1,41% em abril, uma vez que a alta dos preços tanto ao produtor quanto ao consumidor mostrou alívio devido aos combustíveis, informou a Fundação Getulio Vargas nesta segunda-feira.
Ainda assim, o resultado ficou acima da expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 0,46%, e levou o índice a acumular em 12 meses avanço de 10,72%.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do índice geral e apura a variação dos preços no atacado, desacelerou a alta a 0,45% no mês, de 1,45% em abril.
China
Pequim diminuirá as restrições em algumas áreas de baixo risco da capital chinesa neste domingo para permitir o retorno à vida normal, disseram autoridades da cidade neste sábado.
Os distritos de Fangshan e Shunyi podem mudar do modo de trabalho em casa para o modo normal, disseram as autoridades em entrevista coletiva.
O transporte público, incluindo ônibus, táxis e metrô, retomará o serviço em três distritos, e os shoppings poderão reabrir em algumas áreas.
Veja os destaques
– Petrobras (PETR4) cedeu 2% e (PETR3) caiu 2,2%, mesmo com alta de 1,9% no preço do petróleo Brent, que ficou acima de 121 dólares o barril. As ações da estatal recuaram forte na sexta-feira devido aos ruídos políticos em torno do comando e da política de preços da companhia. Nesta segunda-feira, o presidente Jair Bolsonaro disse que a Petrobras pode “quebrar o Brasil” se houver novos aumentos do diesel. PetroRio (PRIO3) recuou 1,6% e 3R Petroleum (RRRP3) subiu 0,7%.
– Banco do Brasil (BBSA3) diminuiu 2,7%, a quinta baixa em sequência, e Bradesco (BBDC4) reduziu 1%, em sessão que terminou com as ações do maiores bancos do país no vermelho. No caso do Banco do Brasil, O Globo noticiou no final de semana que o BB Américas saiu da lista de ativos que o banco pretende vender.
– Vale (VALE3) ganhou 1,1%, diante de alta dos contratos futuros de minério de ferro na Ásia devido ao relaxamento de restrições na China e esforços do governo chinês para fortalecer a economia doméstica. Siderúrgicas recuaram.
– Sabesp (SBSP3) caiu 2,1%. Ação teve queda brusca no final da tarde, embora tenha recuperado parte das perdas logo em seguida, após Tarcísio de Freitas deixar dúvidas sobre se vai promover a privatização da estatal paulista caso seja eleito. Em fevereiro, ele prometeu que privatizaria a companhia se ganhasse o pleito estadual. Pesquisa Datafolha divulgada em abril mostrou Tarcísio em terceiro lugar na disputa, com 10% das intenções de voto.
– Eletrobras (ELET6) desvalorizou-se 3,4%. Furnas, subsidiária da elétrica, não conseguiu a aprovação final de seus debenturistas para um aumento de capital na Santo Antônio Energia nesta segunda-feira, mas ainda há outra chance de obter o aval em uma assembleia no próximo dia 6, disseram fontes à Reuters. O aval é uma condição para a privatização da Eletrobras.
– Embraer (EMBR3) pontou decréscimo de 0,7%, após abertura positiva. A fabricante de aeronaves disse que conseguiu encomendas suficientes para cumprir o topo de sua meta de receita para o atual ano fiscal. A empresa espera recuperar-se dos impactos da pandemia neste ano e vê o período de 2023 a 2026 como de crescimento, disse o presidente da empresa nesta segunda-feira, em evento.
Com Reuters
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