Ibovespa (IBOV): Pregão misto em Wall Street não atrapalha, e índice fecha acima de 100 mil pontos

O Ibovespa (IBOV) iniciou a semana retomando o patamar de 100 mil pontos.

Nesta segunda-feira (25), o índice de referência da B3 (B3SA3) se descolou dos mercados americanos, fechando em alta expressiva de 1,36%, a 100.269,85 pontos. A última vez que o Ibovespa encerrou acima dos 100 mil pontos foi em 8 de julho de 2022.

Wall Street apresentou alta volatilidade. Dow Jones e S&P 500 subiram 0,28% e 0,13%, respectivamente, enquanto Nasdaq recuou 0,43%.

O índice local recebeu suporte de ações ligadas a commodities, que se beneficiaram de um dia positivo para o petróleo e o minério de ferro.

Bancos também ajudaram a manter o Ibovespa no lado positivo, após a divulgação de dados de inflação melhores que o esperado pelo Boletim Focus, destaca Idean Alves, sócio e chefe da mesa de operações da Ação Brasil.

O mercado passou a esperar que o Federal Reserve (Fed) aumente a taxa de juros dos Estados Unidos em 0,75 ponto percentual, e não em 1 ponto percentual, como era esperado anteriormente.

Além disso, a China lançará um fundo imobiliário para ajudar as incorporadoras imobiliárias do país a resolver a crise de dívida, com expectativa de liberação de até 300 bilhões de iuanes (US$ 44 bilhões de dólares) em recursos, de acordo com um funcionário de um banco estatal com conhecimento direto do assunto.

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A Evergrande deve anunciar um plano de reestruturação de dívida que dará indícios sobre o futuro da companhia e os planos de Pequim para superar a crise do setor imobiliário.

O dólar fechou em forte baixa de 2,28%, a R$ 5,3723.  Esse foi o recuo mais forte desde março de 2021.

Segundo Alves, a queda de hoje representa um movimento global de perda da força da moeda e maior tomada de risco, o que acabou beneficiando a moeda real.

O que mexeu com o Ibovespa hoje

As petroleiras foram o destaque de alta da sessão de hoje, com PetroRio (PRIO3) fechando com ganhos de 4,15%.

As ações da Petrobras (PETR3;PETR4) também receberam impulso do avanço dos preços do petróleo nos mercados internacionais. Os papéis da estatal registraram altas de 4,32% (ordinária) e 4,67% (preferencial).

Vale (VALE3), assim como outras mineradoras e siderúrgicas, terminou o dia com valorização, refletindo a disparada do minério de ferro na China. A companhia subiu 1,85% e contribuiu para a boa performance do Ibovespa nesta segunda.

Do lado negativo, a ação do Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) despencou 7,04%. O JPMorgan rebaixou a recomendação de “compra” para “neutra” e cortou em 45% o preço-alvo, para R$ 21.

O IRB (IRBR3) também foi um dos destaques negativos do Ibovespa. Os papéis da resseguradora caíram 5,5%, seguindo a queda de 8% de sexta (22), depois que a empresa divulgou mais um prejuízo mensal.

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