Ibovespa (IBOV) fecha no zero a zero; tragédia no Rio Grande do Sul pesa para algumas ações
O Ibovespa fechou estável nesta segunda (6), com preocupações do mercado em relação às enchentes do Rio Grande do Sul (RS) e às decisões do Governo Federal para conter os danos.
O índice fechou em leve queda de 0,03%, a 128.465,69 pontos.
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Nas altas do pregão, com o petróleo e o minério de ferro em elevação, as companhias destas commodities aproveitam o impulso. A Petrobras (PETR4;PETR3) fechou com alta de 0,68% para as ações preferenciais e 0,50% para ordinárias. Já a Vale (VALE3) fechou em alta de 0,30%.
Além disso, a Prio (PRIO3) se destacou com +0,94%, devido a uma perspectiva “bem interessante do mercado”, segundo Pedro Marinho Coutinho, especialista em mercado de capitais e sócio da The Hill Capital.
Apesar do superávit de R$ 1,2 bilhão no mês de março, o Ibovespa não sustentou uma alta sólida devido à preocupação com a tragédia no sul do país. Agora, o mercado especula quanto dinheiro o governo vai precisar investir para reduzir os estragos no Rio Grande do Sul.
“É lógico que isso precisa ser resolvido o mais rápido possível, mas isso tudo acaba refletindo um pouco na nossa curva de juros”, destaca o especialista.
As baixas do IBOV
A Braskem (BRKM5) despencou 14,53%. Durante a manhã desta segunda-feira, a petroquímica informou que a Adnoc, petrolífera estatal dos Emirados Árabes Unidos, desistiu de avaliar o negócio.
De acordo com Coutinho, “isso é uma novela que já tem um tempinho”. “E com essa empresa desistindo, o mercado acabou derrubando a ação”, complementa.
Devido às chuvas no Sul do Brasil, as ações ligadas aos frigoríficos, como Marfrig (MRFG3) que caiu 4,92%. Atualmente, o receio do mercado é que a tragédia no estado gaúcho traga uma pressão inflacionária, com a perda nas produções do setor agro.
“A gente tem uma produção nacional de soja muito forte no estado que pode ter sido perdida no meio desse negócio todo”, afirma o especialista.
Além disso, o mercado especula uma menor oferta de animais nos Estados Unidos, o que pode pressionar ainda mais as margens de Marfrig e JBS (JBSS3).
O mercado aguarda ainda a decisão do Copom sobre os juros. De acordo com Coutinho, deve haver uma queda de 0,50% nas taxas, “para seguir com o guidance que o Copom tinha dado na última reunião”.