Ibovespa termina dia carregado de dados econômicos com baixa tímida; Casas Bahia (BHIA3) tomba
O Ibovespa (IBOV) fechou em leve baixa nesta terça-feira (27), após atas do Copom e IPCA-15 terem vindo acima do esperado. Ações de Vale (VALE3) caíram, junto a outras mineradoras, com preço do minério de ferro em queda.
O índice fechou em queda de 0,05%, a 126.863,02 pontos.
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Nas maiores altas do pregão, a Soma (SOMA3) fechou o dia com +2,07%, após apresentar seus resultados do 4T23, que vieram acima do esperado pelo mercado. Apesar de um prejuízo na divisão Hering devido a ajustes de estoque, o lucro líquido ajustado superou as expectativas.
Na ponta negativa, Minerva (BEEF3) liderou as baixas do dia, com -8,73%, após também revelar os resultados do quarto trimestre. Junto, Casas Bahia (BHIA3) teve uma queda de 9,09%, totalizando perdas de aproximadamente 2,58% desde o início da semana passada (11).
Com isso, Casas Bahia segue enfrentando o desafio de equilibrar um plano de reestruturação com uma estrutura de capital complicada. Os resultados do último trimestre, embora preocupantes, já eram esperados pelo mercado.
IPCA-15 e ata do Copom
O IPCA-15 apresentou uma alta de 0,36% no mês de março, vindo acima das expectativas do mercado. De acordo com Lucas Almeida, especialista em mercado de capitais e sócio da AVG Capital, “esse número sugere que a inflação, embora em desaceleração em comparação ao mês anterior, ainda está sob o olhar cauteloso do Banco Central“.
Além disso, a recente ata do Copom sinalizou a intenção do BC de manter uma flexibilidade nas futuras decisões do Selic.
“Portanto, o mercado pode interpretar esse resultado como um lembrete de que, apesar de alguns sinais positivos na economia, ainda estamos navegando em águas incertas e que é prudente manter a cautela antes de celebrar qualquer vitória prematura contra a inflação”, afirmou o especialista.
Nesta ata, o Comitê mostrou sua preocupação com as expectativas acima da meta por período prolongado e disse estar atento, citando que requer um acompanhamento mais próximo. “Na minha visão, o momento pede uma abordagem mais cautelosa devido a tantas variáveis econômicas em jogo e juros americanos ainda seguindo com incertezas”, completou.
Desta forma, as expectativas de investidores sobre os juros no futuro sobem, adicionando as incertezas sobre a política monetária nos Estados Unidos.
A combinação desses fatores resulta no aumento do dólar e dos juros futuros, refletindo a antecipação do mercado a um ambiente de política monetária mais restritiva para combater a inflação e manter a estabilidade econômica.