Ibovespa em alerta vermelho: Índice desaba e perde os 126 mil pontos com novos riscos no radar; entenda
O Ibovespa fechou em forte queda nesta sexta-feira (12), acompanhando o ritmo negativo de Wall Street. As ações de maior peso para o IBOV, Vale (VALE3) e Petrobras (PETR3;PETR4) não ajudaram o índice.
O índice fechou em baixa de 1,14%, a 125.946,09 pontos, acumulando uma queda de 0,67% nesta semana.
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Nas altas do dia, Prio (PRIO3) e CSN (CSNA3) fecham no azul com, respectivamente, +2,13% e +0,21%. A valorização do minério de ferro e petróleo no exterior ajudaram as companhias a subirem. Além disso, a Prio anunciou um aumento de produção que foi bem visto pelo mercado.
Na ponta negativa, se destacou a Azul (AZUL4), com um tombo de 10,07%, acumulando, aproximadamente, 13% de queda ao longo da semana. As ações da empresa vem sofrendo com baixas devido, principalmente, ao aumento da cotação de petróleo, visto que o querosene de aviação fica mais caro.
Estados Unidos puxam o índice para baixo
No setor macroeconômico, as tensões geopolíticas e a preocupação com os juros americanos impactaram a Bolsa. Pelo menos, é o que acredita Dierson Richetti, especialista em investimentos e sócio da GT CAPITAL.
“Os dados divulgados nessa semana vieram de certa forma ruins se for olhar para o aquecimento, para o controle da inflação, então o Ibovespa reflete esses movimentos no dia de hoje“, afirmou.
Além disso, Richetti também destacou que desde a divulgação de dados na quarta-feira, “temos três dias consecutivos de aversão ao risco, de medo com a questão de manutenção de taxa de juros altas nos Estados Unidos“.
Nesta manhã, os bancos norte-americanos divulgaram resultados que vieram abaixo do esperado pelo mercado. “Na minha visão, os balanços ruins estão bem atrelados também aos juros que seguem em patamar elevado por lá”, completou.
Por fim, a alta do dólar também colaborou no tombo do Ibovespa, visto que o índice vem caindo enquanto a moeda aumenta. “E essa alta forte é muito atrelada à preocupação com os juros americanos, preocupação com a inflação mundial”, de acordo com Richetti.