Ibovespa: O dado que jogou índice na lona nesta quarta-feira
O Ibovespa fechou em queda nesta quarta-feira (10), com mercado de mau humor com projeções pessimistas após o CPI nos Estados Unidos. Apesar do IPCA ter sido melhor que a expectativa, isso não foi o suficiente para segurar o IBOV.
O índice fechou em baixa de 1,41%, a 128.053,74 pontos.
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Entre as altas do dia, as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) seguem no radar, com os investidores otimistas quanto ao pagamento dos dividendos extraordinários, ainda não definido. O papel fechou o dia em alta de 2,22% para ações preferenciais e 3,02% para ordinárias.
Além disso, outra petrolífera que se beneficiou durante o pregão foi a PetroRecôncavo (RECV3). A companhia fechou em alta de 1,70% em correção técnica após quedas ao longo do mês.
Na ponta negativa, a CSN Mineração (CMIN3) esteve nas maiores baixas, despencando 6,08%. A queda reflete a recomendação de venda por parte do BofA com alvo em R$ 5.
Além disso, as empresas sensíveis aos juros e ligadas ao consumo, Azul (AZUL4) e Petz (PETZ3), operaram em quedas de 6,93% e 6,19%, respectivamente.
De acordo com Andre Fernandes, head de renda variável e sócio da A7 Capital, essas ações acabam sentindo essa aversão a risco de forma mais intensa.
Ibovespa: CPI x IPCA
O dia foi corrido para o mercado financeiro, com o IPCA aqui no Brasil e o CPI nos Estados Unidos. Em relação aos dados norte-americanos, o CPI veio acima do esperado até para os mais pessimistas.
“Na minha visão, isso ligou o modo ‘risk-off’ no mercado, derrubando a bolsa americana e aqui foi junto”, afirmou Fernandes.
“Às probabilidades de corte de juros em junho também despencaram, com agentes do mercado acreditando que o primeiro corte pode vir somente em julho, mas há apostas de que pode vir somente em novembro”.
Apesar disso, IPCA trouxe boas notícias, com o índice apurando uma variação mensal em março de +0,16% (+0,25% do consenso), e variação anual de +3,93% (+4,01% consenso).
“Um destaque negativo foi a inflação de serviços que voltou a subir, e isso pode sim voltar a pressionar a inflação, algo que o Banco Central vem batendo na tecla, e que pode impactar no ritmo de cortes da Selic ao longo do ano”, completou.
De acordo com Fernandes, isso pode alterar as perspectivas do mercado de um corte de -0,50% em junho para -0,25%.