Ibovespa (IBOV) quebra sequência de derrotas com ajuda do exterior e da Vale (VALE3) nesta terça (24)
O Ibovespa (IBOV) quebrou a sequência de queda dos últimos cinco pregões, tendo avançado 0,87% nesta terça-feira (24), a 113.761,90 pontos.
O movimento em Wall Street ajudou, assim como a recuperação das ações da Petrobras (PETR3;PETR4) após o tombo de mais de 6% no pregão anterior diante da repercussão de potenciais mudanças no estatuto social da companhia.
A alta expressiva de Vale (VALE3), ação de maior peso do Ibovespa, deu o impulso que o índice precisava para o dia.
Nos Estados Unidos, os investidores acompanham a divulgação dos balanços do terceiro trimestre enquanto aguardam a próxima reunião do Federal Reserve (Fed), marcada para semana que vem. Agentes financeiros seguem avaliando o risco de os juros americanos permanecerem elevados por mais tempo.
Hoje, foram divulgados dados sobre a atividade manufatureira e o setor de serviços nos EUA.
O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) de Serviços do país apontou uma alta em outubro, passando de 50,2 em setembro para 51,0 e marcando o terceiro mês seguido com avanço.
O PMI de Produção Industrial atingiu 51,1 no mês, enquanto o PMI de Manufatura foi de 49,8 para 50,0.
O PMI Composto, que inclui as atividades industrial e de serviços, subiu de 50,1 para 50,9, atingindo também uma alta consecutiva de três meses.
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Varejistas em lados opostos
As ações do varejo tiveram desempenho misto nesta terça. Enquanto Alpargatas (ALPA4) e Natura (NTCO3) lideraram os ganhos da sessão, Magazine Luiza (MGLU3), com tombo de 6,62%, foi destaque negativo do Ibovespa.
A Suzano (SUZB3) segue em movimento de correção e cravou perdas de 3,47%.
Os papéis ordinários da Petrobras avançaram 1,54%, enquanto os preferenciais tiveram ganhos de 1,50%. Vale, alçada pelo minério de ferro, terminou o pregão com valorização de 2,29%.
Santander Brasil (SANB11) e Weg (WEGE3) subiram 2,54% e 3,27%, respectivamente. Ambas as empresas reportam seus resultados nesta quarta (25), antes da abertura do mercado.
Ibovespa a 142 mil pontos?
O Safra vê potencial para o Ibovespa subir aos 142 mil pontos ao fim de 2024 com apoiado no processo de desinflação, que deve levar a taxa Selic para baixo e, consequentemente, impulsionar o crédito e elevar o consumo.
As estimativas consideram inflação de 3,3% e a Selic, a taxa básica de juros do Brasil, em 8,75% ao fim do ano que vem, enquanto o Produto Interno Bruto (PIB) deve crescer 2,5%.
Para o cenário dos próximos meses, o Safra recomenda cautela, com uma exposição mais concentrada em estratégia de valor, com foco em empresas ou setores que negociam a múltiplos baixos e que apresentam retornos robustos.
Analistas do Safra citam que companhias de petróleo e gás, siderurgia e mineração, bancos e utilidades básicas como boas opções.
Porém, a instituição avalia que pode começar a fazer sentido o incremento da exposição a nomes cíclicos domésticos ou de crescimento, como saúde, consumo e varejo e transportes, que se beneficiarão de juros mais baixos e maior crescimento da economia.