Ibovespa (IBOV) supera aversão e ganha pontos nesta segunda (8); qual é o tom para a semana?
O Ibovespa (IBOV) conseguiu virar e fechar em alta nesta segunda-feira (8), seguindo o bom humor nos mercados em Wall Street – ainda que não na mesma intensidade.
Referência na bolsa brasileira, o índice encerrou o pregão com valorização de 0,31%, a 132.426,54 pontos.
O desempenho do Ibovespa segue tímido, após encerrar a primeira semana do ano com uma baixa de 1,61%. Análise técnica do BB Investimentos aponta que o índice tem tendência indefinida para os próximos dias, com três principais fatores pesando para o mercado local:
- a sazonalidade, com o primeiro mês sendo caracteristicamente menos líquido para o mercado;
- a direção mista dos indicadores; e
- a proximidade de pontos relevantes de suporte e resistência – que, segundo o banco, caso sejam rompidos, darão sinais mais claros da direção no curtíssimo prazo.
O BB afirma que os osciladores, conhecidos por antecipar tendências, apontam venda para a bolsa, mas rastreadores de tendência, mais “atrasados”, ainda indicam compra.
A análise gráfica da Ágora Investimentos também sugere que o Ibovespa segue em estrutura neutra. A principal referência de resistência agora fica para os 134.200 pontos.
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Hoje, sem grandes destaques na agenda econômica, o mercado repercutiu o Boletim Focus. A principal mudança ficou para a revisão do PIB brasileiro, com as projeções passando de 1,52% para 1,59% ao fim de 2024.
Já as apostas para o IPCA foram mantidas em 3,90%. A expectativa para a Selic é de 9% para este ano.
Nos próximos dias, o IBGE divulgará os dados de dezembro e de 2023 do IPCA. Nos Estados Unidos, as atenções se voltarão para o índice de preços ao consumidor de dezembro.
Da esfera política, investidores acompanham os desdobramentos dos vetos do presidente Lula a trechos da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e do pacote de reoneração da folha de pagamento. A possibilidade de derrubada pelo Congresso fez com que as taxas de juros futuros subissem nesta segunda.
Dia ruim para petroleiras; AZUL4 dispara
A sessão desta segunda foi negativa para ações de empresas petroleiras, que seguiram a forte queda dos preços do petróleo em meio ao corte realizado pela Arábia Saudita do preço oficial de venda de seu principal petróleo bruto Arab Light para a Ásia.
As ações da Petrobras (PETR3;PETR4) perderam 1,86% (ordinária) e 0,75% (preferencial). Prio (PRIO3), uma das mais negociadas no pregão, caiu 0,72%.
Vale (VALE3) também foi afetada pela commodity de referência. O minério de ferro recuou hoje, com sinais negativos para a demanda. A ação da mineradora registrou queda de 0,51%.
Do lado das altas, a Azul (AZUL4) disparou mais de 7%. O JP Morgan elevou o preço-alvo das ações de R$ 30 para R$ 34, com recomendação de compra.
*Com informações da Reuters.