Ibovespa (IBOV) é resgatado por petroleiras e supera os 115 mil pontos; veja o que movimentou esta segunda (9)

O Ibovespa (IBOV) superou um início de pregão negativo e fechou esta segunda-feira (9) com valorização de 0,86%, a 115.156,07 pontos.

Além da melhora de sentimento nos mercados em Wall Street, o índice ganhou impulso com a ajuda das petroleiras, que saltaram na sessão, na esteira do petróleo.

Os mercados voltam do fim de semana atentos aos desdobramentos do conflito que se instaura no Oriente Médio, após ataques realizados pelo grupo islâmico Hamas em Israel no sábado. O governo israelense contra-atacou com bombardeios na Faixa de Gaza, elevando preocupações quanto a uma potencial escalada da guerra.

Notícias de que o Hamas está aberto a discutir um possível cessar-fogo com Israel trouxeram alívio aos mercados.

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Hoje, as petroleiras foram responsáveis pelas maiores altas do Ibovespa. Prio (PRIO3) e PetroReconcavo (RECV3) dispararam mais de 8% cada, enquanto 3R Petroleum (RRRP3) apresentou uma forte valorização de 6,01%.

As ações da Petrobras (PETR3;PETR4), de grande peso para o índice, saltaram 4,10% (ordinárias) e 4,30% (preferenciais).

Do lado das baixas, a Azul (AZUL4), uma das empresas prejudicadas com o avanço dos preços do petróleo, recuou 2,97%.

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O forte avanço da commodity vem por receios com possíveis sanções ou cortes de produção por parte do Irã, aliado do Hamas. Leandro Petrokas, diretor de research e sócio da Quantzed, diz que, caso haja um conflito direto entre Irã e Israel, o cenário pode piorar ainda mais com o petróleo seguindo trajetória de disparada.

Para onde vai o Ibovespa?

Devido à exposição a petroleiras, o Ibovespa conseguiu sair ganhando nesta segunda em meio à alta volatilidade nos mercados.

Alan Martins, analista da Nova Futura Investimentos, levanta um evento importante para acompanhar nos próximos dias.

“Nesta semana, temos vencimento do contrato futuro, negociado agora para outubro. A gente pode ter interferências de players com posições carregadas, seja na compra ou na venda, com apetite para defender essa posição”, lembra o especialista.

Martins acredita que o mercado deve se mostrar mais comprador na região dos 114.000 pontos. Abaixo de 113.500-113.200 pontos, pode ser que os players apostem na queda, levando o índice de volta aos patamares de 112.000 pontos e, “talvez, renovando mínimas”.