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Ibovespa (IBOV) se salva do 4º pregão seguido no vermelho com impulso de Petrobras (PETR4)

06 fev 2023, 18:15 - atualizado em 06 fev 2023, 18:40
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Ibovespa fecha no azul com ajuda de Petrobras (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) voltou do fim de semana para enfrentar um pregão volátil, com o mercado local seguindo o exterior e repercutindo críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a política monetária adotada pelo Banco Central.

Com a disparada das ações da Petrobras (PETR3;PETR4), o índice fechou em leve alta de 0,18% nesta segunda-feira (6), a 108.721,58 pontos.

A estatal terminou o pregão em alta de 3,63% (ordinária) e 3,99% (preferencial), acompanhando a aceleração dos preços do petróleo nos mercados internacionais. André Fernandes, head de renda variável e sócio da A7 Capital, associa a recuperação da commodity à suspensão das operações do oleoduto da Turquia devido a um terremoto de magnitude 7,8 que levou a mais de 2 mil mortes.

Na ponta negativa, os frigoríficos pesaram, com BRF (BRFS3) e Marfrig (MRFG3) despencando 7,24% e 6,75%, respectivamente.

Vale (VALE3) teve uma queda de 1,25% hoje, reflexo da correção dos preços do minério de ferro na China. Traders estão moderando o otimismo quanto à força da demanda do país.

Lula vs. BC

Lula voltou a criticar a atuação do BC sobre a taxa de juros no Brasil.

Em evento de posse de Aloizio Mercadante, novo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o presidente da República afirmou que a decisão do Copom é uma “vergonha”. Segundo Lula, não existem motivos para a Selic estar em nível tão alto.

“Não existe justificativa nenhuma para que a taxa de juros esteja em 13,5% [ao ano]. É só ver a carta do Copom para a gente saber que é uma vergonha esse aumento de juro”, disse o presidente.

Lula também aproveitou a posse para destacar a necessidade de o BNDES voltar a ser um banco indutor do desenvolvimento do Brasil.

Segundo Fernandes, da A7 Capital, pela reação da curva de juros nesta segunda, o mercado parece estar com receio de uma possível mudança nas metas de inflação.

Além da deterioração das perspectivas para o cenário fiscal, investidores aguardam o discurso de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed), no The Economic Club of Washington. Eles também estão na expectativa em relação à ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, que será divulgada nesta terça.

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