Ibovespa (IBOV) marca novo recorde e vai em busca dos 136 mil pontos agora, segundo análise gráfica
O Ibovespa (IBOV) firmou novo recorde nesta quarta-feira (27), dando continuidade ao rali de fim de ano. O índice, que é referência na Bolsa brasileira, fechou o pregão de menor liquidez em alta de 0,49%, a 134.193,72 pontos.
Luis Novaes, analista da Terra Investimentos, diz que a expectativa é de que o Ibovespa se mantenha na faixa atual, “considerando considerando os últimos dois dias de negociação das bolsas globais, quando muito dos investidores já saíram completamente do mercado”, de acordo com a Reuters.
Hoje, a B3 divulgou a terceira e última prévia da nova carteira do Ibovespa, que passará a valer em 2 de janeiro. Foi mantida a entrada da Transmissão Paulista (TRPL4), enquanto não houve exclusões.
Nesta quarta, as ações do varejo lideraram os ganhos, com Casas Bahia (BHIA3) e Magazine Luiza (MGLU3) subindo mais de 6% cada. A alta do setor de mineração e siderurgia também contribuiu para dar gás ao Ibovespa.
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Investidores aguardam anúncio do governo
As atenções do mercado local se voltam para o anúncio de novas medidas pelo Ministério da Fazenda. O ministro Fernando Haddad sinalizou que o governo fará um anúncio ainda nesta semana.
As novas medidas contemplam uma alternativa à desoneração da folha de pagamentos das empresas e um programa de depreciação acelerada, permitindo a dedução de investimentos em máquinas e equipamentos da base de cálculo de tributos em um prazo mais curto que o usual.
O objetivo com essas novas medidas é eliminar o déficit primário em 2024, reforçando a previsão no Orçamento aprovado no Congresso Nacional.
Espera-se que o Executivo tenha um déficit primário zero em 2024, conforme previsto pelo governo ao aprovar o novo arcabouço fiscal.
Há pouco, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, disse que o governo central deve fechar 2023 com déficit primário acumulado em 12 meses de aproximadamente R$ 125 bilhões.
O déficit primário foi de R$ 39,3 bilhões em novembro, segundo informações do Tesouro Nacional, e veio pior que as estimativas de analistas ouvidos pela Reuters, que esperavam saldo negativo de R$ 35,5 bilhões.
Corrigido pela inflação, o dado de novembro foi o segundo pior para o mês da série histórica do Tesouro, iniciada em 1997.
Ibovespa busca os 136.500 pontos
Análise gráfica da Ágora Investimentos sugere que o Ibovespa consolidou o rompimento da resistência dos 132.350 pontos. Dessa forma, o índice deve seguir o movimento positivo até o próximo objetivo, que se encontra na região dos 136.500 pontos. O suporte consolidado permanece nos 128.170 pontos.
*Com informações da Reuters.