Ibovespa (IBOV) tem outro pregão positivo após ata do Copom; índice sobe quase 1%
O Ibovespa (IBOV) encerrou mais um pregão com bom patamar de valorização, com o mercado digerindo a ata divulgada pelo Banco Central (BC) nesta terça-feira (22).
O índice fechou em alta de 0,96%, a 117.272,44 pontos.
Desta vez, as empresas de varejo e tecnologia ajudaram a sustentar o tom positivo do dia. O Inter (BIDI11), que havia caído mais de 8% na sessão passada, marcou uma das principais altas do índice hoje.
As commodities, que foram protagonistas da ponta positiva ontem, apresentaram as maiores quedas. As ações da Vale (VALE3), pressionadas pelo recuo do minério de ferro, não conseguiram reverter a trajetória de perdas e fecharam com desvalorização de 2,24%, a R$ 96,60.
Ata do Copom
O BC divulgou pela manhã a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que resultou na elevação da taxa básica de juros, a Selic, para o patamar atual, de 11,75%.
De acordo com o documento, as autoridades monetárias optaram por adotar uma trajetória de juros “mais tempestiva” em meio aos desdobramentos da guerra na Ucrânia.
Com o choque de oferta pressionando ainda mais a inflação, o Copom sinalizou que está preparado para ajustar a intensidade do aperto monetário, se necessário.
Apesar das sinalizações mais agressivas, o BC manteve a previsão de aumento de um ponto percentual na Selic em maio.
Na terra do tio Sam, o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, fez um discurso ontem em conferência da National Association for Business Economics, sinalizando que o banco central norte-americano deve agir “rapidamente” no combate à inflação, com possibilidade de implementação de aumentos de juros acima do normal, caso a medida se mostrar necessária.
A última reunião do Fed marcou o início do ciclo de alta dos juros nos EUA. Na ocasião, as autoridades elevaram a taxa em 0,25 ponto percentual, para 0,25-0,5%.
Nesta terça, o presidente do Fed de St. Louis, James Bullard, defendeu que a instituição precisa “agir agressivamente” para manter a inflação sob controle. Bullard acredita que o banco central norte-americano deve aumentar o ritmo e elevar os juros do país acima de 3% em 2022.