Ibovespa (IBOV) fecha em alta pelo 5º pregão consecutivo e apaga perdas do mês com ‘brilho’ de Magazine Luiza (MGLU3); dólar cai a R$ 5,39
A semana começa recheada de expectativas. Ata da última reunião do Copom, “inflação do aluguel” (IGP-M) e situação do mercado de trabalho em maio são alguns dos dados que devem movimentar o mercado acionário brasileiro ao longo desta semana.
Mas enquanto os investidores aguardam, o apetite ao risco local fez o Ibovespa (IBOV) voltar aos 122 mil pontos e fechar em alta pelo quinto pregão consecutivo, além de zerar as perdas de junho.
Nesta segunda-feira (24), o principal índice da bolsa brasileira terminou o dia com avanço de 1,07%, aos 122.636,96 pontos.
Já o dólar à vista (USDBRL) perdeu força ante as divisas globais — e na comparação com o real. A moeda norte-americana caiu 0,93% e terminou a sessão a R$ 5,3904.
Por aqui, o cenário corporativo concentrou as atenções dos investidores.
Em segundo plano, o mercado reagiu ao primeiro Relatório Focus após a reunião do Copom que manteve a Selic em 10,50% ao ano. O documento semanal do Banco Central trouxe a revisão das estimativas para a inflação e para o crescimento da economia. Entre os destaques, o mercado aumentou as projeções para o IPCA para 2024 e 2025.
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Altas e baixas do Ibovespa
A Magazine Luiza (MGLU3) voltou aos holofotes dos investidores. A varejista anunciou uma parceria com a plataforma de comércio eletrônico AliExpress para a listagem e venda de produtos nos dois marketplaces.
A previsão é que as vendas tenham início no terceiro trimestre deste ano.
A parceria animou o mercado e as ações MGLU3 lideraram os ganhos do Ibovespa durante todo o pregão. Os papéis da varejista fecharam o dia com alta de 12,28%, a R$ 12,16.
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Além disso, as ações cíclicas — mais sensíveis aos juros — operaram no tom positivo, com o alívio na curva de juros futuros brasileira.
Na ponta negativa do principal índice da bolsa brasileira, as exportadoras lideram as perdas com o enfraquecimento do dólar no mercado internacional. Embraer (EMBR3) fechou como a maior queda, com baixa de 1,03%, a R$ 37,48.
O setor de mineração e siderurgia foi penalizado pela forte queda do minério de ferro na China. O contrato mais líquido da commodity, para setembro, encerrou as negociações do dia com baixa de 3,11%, a U$ 109,55 a tonelada, na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China. Esse foi o nível mais baixo desde 9 de abril.
Mesmo assim, as ações da Vale (VALE3) chegaram a flertar com o tom negativo no início da sessão, mas terminaram o dia com leve alta de 0,12%, a R$ 60,90.
Petrobras (PETR4) deu um pequeno impulso ao Ibovespa, com avanço de 0,93%, a R$ 37,06, na esteira do petróleo. A commodity avançou cerca de 1% no mercado internacional.
Exterior
Nos Estados Unidos, os índices encerraram o pregão, mais uma vez, em tom misto. Nvidia (NVDA) caiu mais de 6% em continuidade ao ritmo de realização dos lucros recentes.
Wall Street também reagiu a novas declarações de dirigentes do Federal Reserve (Fed). A presidente da unidade do BC norte-americano de São Francisco, Mary Daly, disse que “a alta dos preços não é o único risco”.
“Devemos continuar o trabalho de restaurar totalmente a estabilidade de preços sem uma ruptura dolorosa na economia”, disse Daly em comentários preparados para o Commonwealth Club em São Francisco.
“Se continuarmos a observar quedas graduais na inflação e um reequilíbrio lento no mercado de trabalho, poderemos normalizar a política monetária ao longo do tempo, como muitos esperam”, afirmou Daly.
Os investidores aguardam a divulgação do o Índice de Preços de Gastos com Consumo Pessoal (PCE), que é a referência de inflação do Fed, de maio. O dado será divulgado na próxima sexta-feira (28).
Confira o fechamento dos índices de Nova York:
- Dow Jones: +0,67%, aos 39.411,21 pontos;
- S&P 500: -0,31%, aos 5,447,87 pontos;
- Nasdaq: -1,09%, aos 17.496,82 pontos.