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Ibovespa (IBOV) foge de queda, apesar do ruído ‘Lula-BC’; Vale (VALE3) sobe antes de resultados

16 fev 2023, 18:14 - atualizado em 16 fev 2023, 18:39
Ibovespa
Ibovespa se anima nos momentos finais desta quinta-feira (16); Vale avança (Imagem: Ibovespa Mercados Ações)

O Ibovespa (IBOV) até patinou no início do dia, mas conseguiu virar e fechou esta quinta-feira (16) em alta, com o mercado digerindo dados do exterior e falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Na contramão de Wall Street, o índice avançou 0,31%, a 109.941,46 pontos.

Dados divulgados pelo Departamento do Trabalho mostraram que houve uma aceleração no aumento dos preços ao produtor nos Estados Unidos em janeiro ante o mês anterior.

O índice de preços ao produtor para demanda final avançou 0,7% no último mês, revertendo a queda de 0,2% apresentada em dezembro de 2022. No acumulado dos 12 meses até janeiro, o índice aumentou 6%, após avançar 6,5% em dezembro.

Economistas projetavam avanço de 0,4% em relação ao mês anterior e 5,4% no ano.

Ainda nos EUA, os novos pedidos de auxílio-desemprego caíram de forma inesperada na semana passada, reforçando a visão de que o mercado de trabalho (e a economia) norte-americano continua resiliente, mesmo diante do ciclo de aperto monetário.

Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram em 1.000 na semana encerrada em 11 de fevereiro, a 194.000 em dado com ajuste sazonal, segundo informações divulgadas pelo Departamento do Trabalho. O número veio abaixo das expectativas, de 200.000 reivindicações para o período.

Lula e a meta de inflação

No cenário local, o mercado segue acompanhando a novela de Lula com o Banco Central e a meta de inflação.

Aconteceu nesta quinta a reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), sem a meta de inflação como tema na pauta.

O mercado começou a temer que a meta de inflação para 2023 sofresse mudanças, uma vez que Lula sinalizou a intenção de aumentar em 1 ponto percentual a meta do ano.

Nas últimas semanas, Lula fez críticas sobre a taxa de juros atual e a forma como o BC estava conduzindo a Selic.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já havia negado que a avaliação de uma mudança na meta de inflação estivesse na pauta do colegiado nesta quinta.

Ainda, repercutem entre os investidores a questão do reajuste do salário mínimo e mudanças do imposto de renda.

Lula afirmou, em entrevista à CNN Brasil, que o salário mínimo será reajustado em maio para R$ 1.320. Enquanto isso, a isenção do imposto de renda será ampliada para todos com salário mensal de até R$ 2.640.

O presidente da República disse que o salário terá reajuste todo ano, seguindo uma nova fórmula que inclui o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto).

Altas e baixas

As ações da B3 (B3SA3) recuaram 1,9% após a companhia reportar seus resultados do quarto trimestre de 2022. Os resultados vieram ligeiramente abaixo do esperado pelos analistas, com as despesas surpreendendo do lado negativo.

Ultrapar (UGPA3), que também divulgou seu balanço, caiu 1,68%. Os números vieram “mascarados” pelos efeitos de créditos fiscais extraordinários.

A Rumo (RAIL3), por outro lado, avançou 2,98% após atingir lucro líquido de R$ 243 milhões, ante prejuízo de 384 milhões um ano antes.

CVC Brasil (CVCB3) foi, de longe, o destaque positivo do pregão. As ações dispararam mais de 7%.

As ações da Petrobras (PETR4) apresentaram avanço de 0,41%. A Vale (VALE3) subiu 0,21%, na esteira da recuperação dos preços do minério de ferro na China. A mineradora reporta daqui a pouco seus resultados trimestrais.

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
diana.cheng@moneytimes.com.br
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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