Ibovespa (IBOV) reage pouco, mas se livra de sequência de quedas; confira o fechamento desta quarta (27)
O Ibovespa (IBOV) teve um pregão fraco nesta quarta-feira (27), seguindo a dinâmica dos últimos dias. Apesar disso, o índice, que é referência para a Bolsa brasileira, encerrou o pregão em leve alta de 0,12%, a 114.327,05 pontos, quebrando a tendência negativa das últimas quatro sessões.
A recuperação parcial em Wall Street ajudou a melhorar o ânimo dos investidores no mercado local, embora agentes financeiros estejam apreensivos quanto a um potencial risco de paralisação nos Estados Unidos.
Isso porque o presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, Kevin McCarthy, rejeitou um projeto de lei provisória de financiamento que avançava no Senado, levantando a possibilidade de uma quarta paralisação parcial do governo americano em uma década.
- BR Partners (BRBI11) faz re-IPO; é hora de comprar as ações do banco? Clique e saiba quais são as perspectivas para a empresa com a analista Larissa Quaresma no Giro do Mercado desta quarta-feira (27).
No Brasil, a preocupação fiscal impediu um entusiasmo maior. A preocupação recai principalmente sobre os juros do país. Dierson Richetti, especialista em investimentos e sócio da GT Capital, levanta que os gastos estão muito altos e os membros do Executivo “não estão deixando claro de onde vai se tirar esse dinheiro e como vai fechar as contas”.
“Se não houver essa contrapartida do governo, não haverá uma queda mais acentuada da taxa Selic, porque a queda precisará ser equilibrada. [Roberto] Campos Neto pode, em um determinado momento, interromper a queda em virtude da ineficiência do Executivo”, afirma.
“O Brasil está se endividando cada vez mais. E de onde vai tirar esses recursos? O governo vem fazendo um trabalho de fazer taxações em diversos segmentos, porém, não tem feito ajuste nas contas públicas, principalmente de Brasília. E isso deixa o mercado volátil com as previsões cada vez piores no sentido de maior gasto e mais cobrança de impostos”, completa Richetti.
Em análise gráfica, a Ágora Investimentos afirma que o Ibovespa ainda promete uma busca aos 113.000 e 110.500 pontos. Do lado superior, o índice encontrará resistência intermediária na região dos 116.500 e apenas retomará a tendência de alta com a quebra definitiva do topo formado aos 122.000 pontos, completa.
As ações da Petrobras (PETR4) subiram 3,17%, em linha com a disparada dos preços do petróleo no exterior. A petroleira foi o principal suporte do Ibovespa, visto que Vale (VALE3) avançou 0,21%.
*Com informações da Reuters.