Ibovespa (IBOV): O dado positivo que fez índice quebrar sequência de quedas nesta quinta (25)
O Ibovespa (IBOV) quebrou a sequência de queda dos últimos três pregões e fechou em alta consistente nesta quinta-feira (25), apoiado por um dado positivo da economia doméstica.
O índice, que é referência para a Bolsa brasileira, registrou ganhos de 1,15% hoje, a 110.054,38 pontos. Dados positivos da inflação ajudaram na recuperação do mercado, com investidores passando a considerar a possibilidade de uma queda antecipada da Selic, a taxa básica de juros do Brasil.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação, subiu 0,51% em maio, desacelerando-se em relação a abril, quando avançou 0,57%. O resultado veio abaixo da mediana projetada pelo mercado, de 0,61%.
Com isso, o IPCA-15 acumula alta de 3,12% nos primeiros cinco meses do ano e +4,07% em 12 meses.
Na avaliação de Marcus Labarthe, sócio da GT Capital, o qualitativo do indicador apresentou melhora.
“Os dados melhores que o esperado ajudaram a fazer com que a curva de juros recuasse impulsionando ações do setor de varejo e construção, que se beneficiam em um cenário de inflação e juros mais baixos. Esse cenário animou bastante o mercado após o dia pessimista de ontem influenciado pelo exterior”, afirma.
As ações do varejo e os papéis das construtoras foram destaque positivo no pregão desta quinta, com MRV (MRVE3) saltando mais de 10%. Grupo Soma (SOMA3) e Lojas Renner (LREN3) terminaram em alta de 6,04% e 6,74%, respectivamente.
Do lado das baixas, a CVC (CVCB3) perdeu 4,63%, após anunciar a renúncia de Leonel Andrade ao cargo de CEO em meio à fase complicada vivida pela agência de pacotes de viagens.
CSN (CSNA3) também recuou. O Credit Suisse rebaixou a recomendação da companhia para “neutro”, citando preocupação com a deterioração das métricas de alavancagem da companhia.
Vale (VALE3) engatou seu quinto pregão de queda, refletindo a correção nos preços do minério de ferro, enquanto Petrobras (PETR4) caiu 0,75% por conta do petróleo.
O sócio da GT Capital lembra que a expectativa em relação ao mercado chinês vem sendo reduzida devido a preocupações com a recuperação vista no início do ano.
O minério de ferro voltou a cair na China, desta vez para o nível mais baixo em quase seis meses, com traders avaliando uma demanda mais lenta pela matéria-prima siderúrgica durante o período de verão no país asiático.
No exterior, Nasdaq saltou com o ânimo pelas ações da Nvidia, após uma previsão acima do esperado pelo mercado. Investidores também monitoram as negociações do teto da dívida dos Estados Unidos.