Ibovespa (IBOV) vai para o maior patamar desde julho de 2021; Magazine Luiza (MGLU3) salta
O Ibovespa (IBOV) deu continuidade ao impulso do último pregão, superando nesta quinta-feira (16) o patamar dos 124 mil pontos pela primeira vez desde julho de 2021.
Referência na B3, o índice encerrou hoje em alta de 1,20%, a 124.639,24 pontos. O movimento, que destoa de Wall Street, pode ser explicado pelo fato de que o governo Lula voltou a sinalizar que manterá a meta de déficit fiscal zero para 2024, aliviando preocupações no lado doméstico.
Isso, juntamente com o movimento dos Treasuries nos Estados Unidos, levou a uma nova queda nas taxas futuras de juros, o que contribuiu para que ações mais expostas à Selic, como os varejistas, tivessem uma sessão positiva.
As ações do Magazine Luiza (MGLU3) lideraram os ganhos, com um salto de 24,43%. Casas Bahia (BHIA3) também foi destaque após fechar com valorização de 11,54%.
Do lado das baixas, as petroleiras sentiram o peso da correção do petróleo nos mercados internacionais. Prio (PRIO3) recuou 3,53%, enquanto Petrobras (PETR4) teve perdas de 1,74%.
Os bancos tiveram um pregão misto. O Safra cortou a recomendação do Banco do Brasil (BBAS3) para “neutro”, ao passo que elevaram Bradesco (BBDC4) a “outperform”. Itaú, que subiu 1,61%, segue com recomendação de “outperform” e é o nome favorito da instituição no setor.
A Vale (VALE3) apresentou alta de 0,67%, mesmo com a queda do minério de ferro na China.
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Juros nos EUA: fim do aperto monetário à vista?
O Departamento do Trabalho dos EUA informou nesta quinta que os pedidos iniciais de auxílio-desemprego aumentaram em 13 mil na semana encerrada em 11 de novembro, a 231 mil com ajuste sazonal.
O resultado veio acima do esperado, uma vez que economistas previam 220 mil pedidos para a semana passada, de acordo com a Reuters.
Isso contribui com expectativas de um movimento mais brando por parte do Federal Reserve (Fed) em relação aos juros americanos, que pode começar a avaliar a possibilidade de iniciar um ciclo de cortes mais cedo do que o esperado.
A análise gráfica da Ágora Investimentos desta quinta sugere que o Ibovespa, acima dos 123 mil pontos, tem como próxima busca o topo histórico, marcado em 131 mil pontos.
Do lado da baixa, um retorno abaixo dos 118 mil pontos abriria espaço para retorno a até 111,6 mil pontos, acrescenta a corretora.