Ibovespa Ibovespa (IBOV) sustenta forte alta e fecha acima dos 112 mil pontos; VALE3 salta mais de 7%
O Ibovespa (IBOV) conseguiu sustentar a forte alta da abertura e fechou esta sexta-feira (9) acima dos 112 mil pontos.
O índice de referência da Bolsa brasileira fechou com valorização de 2,17%, a 112.300,41 pontos.
Os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) referentes a agosto e o bom humor nos mercados americanos contribuíram para que o Ibovespa encerrasse o último pregão da semana em trajetória positiva.
Com o fechamento desta sexta, o Ibovespa encerrou a semana acumulando valorização de 1,71%.
O IPCA, que mede a inflação oficial do país, teve deflação no mês passado, caindo 0,36% (ante queda de 0,68% em julho).
O resultado de agosto foi influenciado principalmente pela queda no grupo dos Transportes (-3,37%), que contribuíram com -0,72 ponto percentual no índice do mês.
Dentro da categoria, a redução foi influenciada pela queda no preço dos combustíveis (-10,82%). No período, os preços dos quatro combustíveis pesquisados caíram: gás veicular (-2,12%), óleo diesel (-3,76%), etanol (-8,67%) e gasolina (-11,64%), este último com o impacto negativo mais intenso (-0,67 ponto percentual).
No ano, o IPCA acumula alta de 4,39%. Já nos últimos 12 meses, a inflação ficou abaixo de dois dígitos: 8,73% (ante os 10,07% observados nos 12 meses imediatamente anteriores).
Rodrigo Azevedo, economista e sócio-fundador da GT Capital, diz que um cenário de deflação pode ser esperado para setembro. Porém, o mercado deve adotar uma postura de maior atenção com os últimos três meses do ano, passados os efeitos do movimento recente dos preços dos combustíveis e dos cortes tributários.
“Mesmo com cenário de deflação, o Banco Central deve manter a taxa de juros altas por mais tempo ainda, uma vez que os efeitos da política monetária ainda são lentos”, avalia o especialista.
Mineradoras e siderúrgicas saltam
As ações da CSN (CSNA3) e da Vale (VALE3) foram destaques de alta do Ibovespa no pregão.
A CSN fechou em disparada de 8,87%, enquanto os papéis da Vale engataram valorização firme de 7,81%.
A performance das ações do setor reflete o alívio da pressão nos preços do minério de ferro, que se manteve acima de US$ 100 a tonelada e se recuperou de mínimas em mais de nove meses no início de setembro.
O minério de ferro registrou a melhor semana desde julho, impulsionado pelo início da alta temporada de construções na China.
Os contratos futuros de minério de ferro em Cingapura avançaram 3% nesta sexta, a US$ 103 a tonelada. Na semana, a commodity subiu 9%.
Traders estão na expectativa de que o pico das obras até outubro no país asiático impulsionará a demanda por aço.
Construção e varejo beneficiadas por dados do IPCA
Além das mineradoras e siderúrgicas, construtoras e varejistas tiveram um dia positivo na Bolsa, com MRV (MRVE3) e Cyrela (CYRE3) saltando 6,84% e 3,46%, respectivamente.
A Americanas (AMER3) foi a varejista que mais se destacou hoje após saltar mais de 9%. Os pares Via (VIIA3) e Magazine Luiza (MGLU3) subiram 6,89% e 2,1%.
Ambos os setores se recuperaram das fortes quedas dos últimos meses, com o mercado na expectativa de que o ciclo de aperto monetário no Brasil está próximo do fim.
Do lado negativo, frigoríficos estenderam as quedas de ontem. BRF (BRFS3) caiu 2,49%, enquanto Minerva (BEEF3) recuou 1,52%.
A Petrobras (PETR3;PETR4) fechou em movimento fraco. O avanço dos bancos nesta sexta ajudou o Ibovespa a se manter no azul.
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