Ibovespa perde força na reta final do pregão e mantém os 127 mil pontos com Haddad; dólar sobe a R$ 5,78
Em compasso de espera pelo anúncio de corte nos gastos públicos, o Ibovespa (IBOV) sustentou os 127 mil pontos pela quarta sessão consecutiva.
Nesta quarta-feira (13), o principal índice da bolsa brasileira teve leve alta de 0,03%, aos 127.733,88 pontos.
Já o dólar à vista (USBRL) terminou a sessão a R$ 5,7895 (+0,31%).
No cenário doméstico, os investidores seguiram acompanhando as discussões sobre as medidas fiscais em Brasília.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o impacto fiscal do pacote será expressivo
“Mais do que o número, que é expressivo, mais do que o número, que na opinião da Fazenda reforça o nosso compromisso de manter as regras fiscais estabelecidas desde o ano passado, mais do que isso é o conceito que nós utilizamos para fazer prevalecer essa ideia de que as rubricas devem todas elas, na medida do possível, ir sendo incorporadas a essa visão geral do arcabouço para que ele seja sustentável no tempo”, disse.
Contudo, o chefe da pasta econômica afirmou que ainda não sabe se haverá tempo hábil para o anúncio das medidas nesta semana ou na próxima.
Hoje, ele fez uma nova rodada de reuniões com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).
No fechamento, os investidores acompanhavam a participação do futuro presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, em evento.
Altas e quedas no Ibovespa
O pregão foi, mais uma vez, marcado pela reação aos balanços do terceiro trimestre.
Entre os papéis negociados no Ibovespa, as ações do IRB(Re) (IRBR3) caíram mais de 8% e lideraram as perdas do índice. A companhia reportar um lucro líquido de R$ 115,9 milhões entre julho e setembro, um salto de 142,8% ante mesmo período do ano passado.
Mas, apesar do resultado positivo, o CEO da companhia Marcos Falcão jogou um ‘balde de água fria’ nos investidores ao afirmar que “o mais realista é pagar o dividendo em 2026, e não em 2025”.
Hapvida (HAPV3) também ficou entre as maiores baixa do principal índice da bolsa brasileira. A operadora de saúde teve um prejuízo líquido de R$ 71,3 milhões — o que representa uma melhora de 65,5% em comparação com as perdas do terceiro trimestre de 2023, de R$ 206,7 milhões. Mas o destaque do balanço foi o aumento da judicialização.
Já a ponta positiva foi liderada por Embraer (EMBR3), com a visão positiva de analistas sobre a empresa. O JP Morgan elevou o preço-alvo para as ações da fabricante de aeronaves e o Citi reiterou a recomendação de compra.
Entre os pesos-pesados do índice, as ações da Vale (VALE3) terminou a sessão em estabilidade, acompanhando a fraqueza do minério de ferro — que ainda repercute a decepção dos investidores com o novo pacote de estímulos na China.
Petrobras (PETR4;PETR3) encerrou o dia em leve alta com apoio do petróleo.
Exterior
Nos Estados Unidos, Wall Street teve um dia ‘morno’, com desempenho dos índices próximos da estabilidade.
Os investidores repercutiram novos dados econômicos.
O índice de preços ao consumidor nos Estados Unidos (CPI, na sigla em inglês) subiu 0,2% em outubro na base mensal e foi a 2,6% na anual. Já o núcleo do CPI, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, avançou 0,3% no mês passado. Em um ano, o núcleo foi a 3,3%.
A inflação de outubro veio em linha com as estimativas do mercado e reforçou as expectativas de corte nos juros pelo Federal Reserve (Fed) na reunião de dezembro.
Após o dado, os traders veem a chance de 82,3% de o Banco Central norte-americano reduzir os juros em 25 pontos-base, a 4,25% a 4,50%. Ontem (12), a probabilidade era de 58,7%.
Além disso, o mercado também acompanhou o início da transição de governo. Hoje, o presidente eleito Donald Trump e o presidente Joe Biden se reuniram pela primeira vez desde que a vitória do republicano nas eleições presidenciais.
Confira o fechamento dos índices de Nova York:
- S&P 500: +0,02%, aos 5.985,38 pontos;
- Dow Jones: +0,11%, aos 43.958,19 pontos;
- Nasdaq: -0,26%, aos 19.230,74 pontos.