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Ibovespa (IBOV) fecha em alta de 1,36% e marca 7ª sessão consecutiva no azul

24 mar 2022, 17:07 - atualizado em 24 mar 2022, 19:05
Ibovespa, Mercados, Ações
Ações de empresas ligadas a varejo e tecnologia apresentaram as maiores altas do Ibovespa nesta quinta, sob expectativa de juros menores (Imagem: Diana Cheng/Money Times)

O Ibovespa (IBOV) encerrou esta quinta-feira (24) em alta, marcando sua sétima sessão consecutiva no campo positivo.

A última sequência de altas similar ocorreu em fevereiro, com sete sessões no azul. Antes disso, apenas entre maio e junho de 2021, quando o índice engatou oito pregões no positivo e alcançou as máximas históricas.

O índice terminou a sessão de hoje com ganhos de 1,36%, a 119.052,91 pontos, maior fechamento desde 1º de setembro.

De acordo com Jimmy Keller, economista e fundador da Keller Capital, o que trouxe explica a “sessão tranquila” que o Ibovespa teve hoje é a ausência de notícias de alto impacto no exterior. Wall Street também registrou uma boa performance hoje, com as bolsas norte-americanas fechando no azul.

Ações de empresas ligadas a varejo e tecnologia apresentaram as maiores altas do Ibovespa nesta quinta, sob expectativa de juros menores.

O Magazine Luiza (MGLU3) registrou a maior valorização do dia, de 10%.

Mesmo após a ata, divulgada na terça-feira, apostas de uma alta adicional na Selic em junho mantiveram-se por bancos e casas de análise, diante da perspectiva de potencial piora no cenário inflacionário em meio à guerra na Ucrânia.

Os papéis expostos a commodities também apresentaram sessão positiva, com o conflito entre Rússia e Ucrânia pressionando os preços. Isso, aliado à taxa de juros real atrativa do Brasil, traz capital externo para o mercado doméstico e joga os índices de renda variável para cima e o dólar para baixo, explica Keller.

“É uma boa janela com o dólar operando na casa dos R$ 4,80 para montar posições de proteção/hedge. Para além do que já temos de cenário macroeconômico, na medida que o cenário político se define e acirra, movimentos de pressão no dólar para cima devem ser costumeiros por aqui”, afirma o especialista.

Destaques

HAPVIDA ON (HAPV3) afundou 5,1%, maior queda desde janeiro. O lucro ajustado da operadora de saúde no quarto trimestre veio acima da projeção média de analistas, mas o Ebitda ficou abaixo do esperado. Analistas do BTG Pactual destacaram resultados fracos, com crescimento orgânico abaixo do estimado e pressões na margem de lucro.

MAGAZINE LUIZA ON (MGLU3) teve alta de 10%, a mais intensa desde novembro, INTER UNIT (BIDI11) disparou 10,1%, MÉLIUZ ON (CASH3) subiu 9,1% e MRV ON (MRVE3) ganhou 6,9%, em sessão positiva para ações sensíveis a juros, como as de varejo, tecnologia e construção.

PETROBRAS PN (PETR4) ganharam 1,15% apesar de queda de mais de 2% no preço do petróleo. PETRORIO ON (PRIO3) caiu 4,5%, interrompendo e 3R PETROLEUM ON (RRRP3) ganhou 0,4%.

VALE ON (VALE3) avançou 0,54%, após alta de 1,3% do minério de ferro na China. O aço inoxidável atingiu o pico desde 9 de março, após os preços do níquel atingirem limites de alta em Londres e Xangai. Ações de siderúrgicas subiram.

LOCAWEB ON (LWSA3) desabou 7,05%, após empresa sofrer prejuízo de R$ 7,2 milhões no quarto trimestre, ante lucro de R$ 9 milhões um ano antes, apertada por maiores custos ligados a aquisições recentes de empresas.

CCR ON (CCRO3) saltou 7,5%, maior alta desde maio, após Votorantim e Itaúsa oferecerem R$ 4,1 bilhões pela fatia da Andrade Gutierrez na empresa. Para o JPMorgan, notícia é levemente positiva para CCR, já que a entrada de novo acionista com perfil investidor pode melhorar a estrutura de governança. ITAÚSA PN (ITSA4) ganhou 1,1%.

BRADESCO PN (BBDC4) cresceu 1,5%, maior alta entre os grandes bancos. Mas SANTANDER BRASIL (SANB11) recuou 0,86%.

COGNA ON (COGN3) subiu 3,1% e SABESP ON (SBSP3) expandiu 0,9%. As duas empresas divulgam resultados nesta noite.