Ibovespa (IBOV) sobe com ajuda de Vale (VALE3) e atinge maior patamar desde agosto de 2021
O Ibovespa (IBOV) engatou seu quarto pregão consecutivo de alta nesta terça-feira (25). Além da força de Wall Street, que teve seus principais índices acionários fechando no azul, o índice de referência da Bolsa brasileira contou com a ajuda de Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4).
Ativos expostos à economia doméstica também ajudaram a impulsionar o cenário local em meio ao otimismo com dados de inflação divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com isso, o Ibovespa encerrou a sessão com valorização de 0,55%, a 122.007,77 pontos. É o maior patamar desde agosto de 2021.
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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) desacelerou para -0,07% em julho, melhor do que a mediana das projeções de mercado. Agentes financeiros apostavam em uma deflação de 0,01%.
No acumulado em 12 meses, o IPCA-15 ficou em 3,19% em julho, ante 3,40% no número registrado até junho. Os números do mês ficaram em linha com a mediana das estimativas, de 3,2%.
Os números desta terça são “muito bons” e reforçam a queda de juros já na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central na semana que vem, afirma Rodrigo Cohen, analista de investimentos e co-fundador da Escola de Investimentos.
As apostas de Cohen são de queda de 0,25 ponto percentual, embora o mercado esteja dividido e levante a possibilidade de um corte na ordem de 0,50 ponto percentual.
Independentemente da decisão do Copom, Cohen avalia que o mercado não deve mexer muito com o resultado (seja de corte de 0,25% ou 0,50%), pois os investidores já vem precificando isso.
“O que pode assustar o mercado é caso não venham a derrubar os juros, o que seria visto como uma surpresa”, ressalta.
Nesta terça, também saiu o Relatório Focus com atraso. Economistas ouvidos pelo BC voltaram a revisar para baixo a trajetória de inflação, de 4,95% a 4,90% ao fim de 2023.
Nos Estados Unidos, o Índice de Confiança do Consumidor acelerou no mês de julho, subindo 117,0 ante a previsão de 110,5. Dados de junho revisados apresentaram avanço de 109,7 para 110,1.
Altas e baixas
A Vale disparou 3,09%, cravando sua quarta alta seguida. A ação foi impulsionada pelo minério de ferro e por notícias de que a venda de 10% da sua unidade de metais básicos está próxima de deslanchar.
A Petrobras avançou 2,31%, seguindo o petróleo.
As ações com exposição à economia doméstica foram destaque de alta. Vale mencionar a Eztec (EZTC3), que subiu 6,21%. O setor de construção é um dos mais beneficiados pela queda da inflação.
Entre as baixas, a Gol (GOLL4) caiu 3,06%, seguida pelos frigoríficos BRF (BRFS3) e Minerva (BEEF3).